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Brasil Quinta-feira, 07 de Janeiro de 2021, 18:04 - A | A

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"E AGORA?"

Dora contradiz Pazuello: contrato para compra da Coronavac ainda não foi firmado

UOL

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) afirmou, na tarde de hoje, que diferentemente do informado pelo ministro Eduardo Pazuello (Saúde), o contrato entre ministério e Instituto Butantan para a compra de doses da CoronaVac ainda não foi firmado. Pouco após a fala de Doria, o acordo foi publicado no DOU (Diário Oficial da União).

"Assisti a coletiva e vi que o ministro expressou assinatura do contrato. Não quero desmerecer o Pazuello, mas o contrato foi encaminhado essa manha. Não foi assinado. Até porque, para ser assinado, precisa ser pelas duas partes, e não há assinatura nem do governo de São Paulo e nem do Ministério da Saúde. Até o momento temos a elaboração do contrato, mas não as assinaturas. A nossa disposição é atender a necessidade do Plano Nacional de Vacinação. Isso já era para estar assinado e configurado desde 20 de outubro", afirmou Doria em entrevista à GloboNews.

Pazuello anunciou, em entrevista coletiva concedida nesta tarde, que havia assinado contrato com o Butantan para receber 46 milhões de doses da CoronaVac até abril e mais 54 milhões até o fim do ano, chegando a um total de 100 milhões. Mais cedo, foi divulgado que a vacina demonstrou 78% de eficácia contra a covid-19 em testes.

Após o anúncio do ministro, Doria declarou que a compra já havia sido acertada em outubro do ano passado, em reunião entre o ministro e governadores, mas o acordo foi desfeito pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no dia seguinte.

Na ocasião, Pazuello declarou que as 46 milhões de doses adquiridas chegariam até dezembro, e que a CoronaVac seria incluída no PNI (Plano Nacional de Imunizações). Bolsonaro desautorizou o ministro e suspendeu o acordo no dia seguinte. "Já mandei cancelar, o presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade (...) Até porque estaria comprando uma vacina na qual ninguém está interessado", disse à época.

"Menos de 12 horas [do acordo], o presidente da República, Jair Bolsonaro, desautorizou e disse que não compraria de maneira alguma. Disse que não haveria a menor hipótese da aquisição da vacina", afirmou Doria nesta tarde.

Ao fim da entrevista do governador à emissora, o contrato de aquisição da vacina constava no DOU. O valor de compra registrado é de R$ 2.677.200.000,00. 

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