A polícia do Rio prendeu, na madrugada desta quarta-feira (6), uma quadrilha que clonava cartões para sacar o auxílio emergencial e outros benefícios, como o Bolsa Família, das vítimas. Os criminosos instalavam câmeras nos caixas eletrônicos para capturar as senhas.
Os criminosos instalavam equipamentos de leitura e clonagem de cartões, conhecido como chupa-cabra, e escondiam as microcâmeras nos caixas eletrônicos. Com os dados das vítimas, os suspeitos efetuavam saques dos benefícios, como o auxílio emergencial e o Bolsa Família, que não contam com cartões com chip ou controle por biometria.
Os agentes da Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) com apoio da Delegacia de Roubos e Furtos de Automóveis (DRFA) prenderam em flagrante Francisco José de Oliveira, Alexandre Rodrigues Lima e Clóvis Lima de Oliveira, que era foragido da Justiça Federal e tinha mandado de prisão por condenação definitiva pela 2ª Vara Federal de Niterói pelas mesmas fraudes contra a Caixa Econômica Federal.
De acordo com a polícia, a quadrilha atuava há meses em diversos municípios do Rio de Janeiro, realizando furtos de forma estável e planejada, com divisão de tarefas e funções.
Segundo o delegado Gustavo Rodrigues, da DRF, a quadrilha era muito bem estruturada e vinha atuando desde novembro.
"Esses indivíduos tinham um escritório num apartamento na Zona Oeste da cidade, com diversos formatos de frentes e bases de caixas eletrônicos nos quais eles pudessem trabalhar. O local era tão bem preparado que eles utilizavam a cozinha do apartamento para fazer a pintura das placas, onde eles colocavam as tampas (com as microcâmeras e chupa-cabras) nos caixas eletrônicos", disse o delegado.
Os policiais também apreenderam grande quantidade de material utilizado para a prática do furto, como dezenas de cartões clonados e com senhas anotadas, chupa-cabras, frentes de caixas eletrônicos com microcâmeras, usados para roubar os dados das vítimas.
A polícia também apreendeu a contabilidade paralela da quadrilha, que indica a participação de outros integrantes. Com isso, a DRF continua investigando o caso para identificar e prender o restante da quadrilha.