Após a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia exigir explicações de Bolsonaro e Salles sobre medidas adotadas contra o desmatamento da Amazônia, o governo afirmou que não há "qualquer omissão federal" no combate à devastação da floresta.
A exigência da ministra foi feita após ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade , que acusa Bolsonaro (sem partido) e o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, de omissão em coibir a devastação da Amazônia.
Segundo dados de novembro do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o desmatamento teve alta de 9,5% no último ano, atingindo a maior marca desde 2008. A devastação alcançou 11.088 km² - o equivalente a sete vezes a área da cidade de São Paulo.
No ofício enviado à corte, o governo Bolsonaro listou medidas que foram adotadas para reduzir o problema, como a criação do Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice Hamilton Mourão, o uso das Forças Armadas na região, o decreto que proibiu queimadas por quatro meses e um levantamento de focos de incêndio junto aos Estados da Amazônia Legal.
No documento, o governo alega que a queda de multas ambientais é resultado da redução do número de servidores designados para atuar na fiscalização por motivo de aposentadoria.