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Brasil Terça-feira, 02 de Março de 2021, 09:55 - A | A

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VÍRUS MORTAL

Mãe faz apelo pela conscientização dos jovens após perder filha para a covid-19

G1

Um enterro sem velório ou direito a despedida deixou marcas na família de Vitória Alves de Moraes, de 23 anos, que morreu de Covid-19 em Sorocaba (SP). A dor do luto fez a mãe da jovem, Silmara Aparecida Margarido de Moraes, de 52 anos, a fazer um apelo por mais conscientização na pandemia.

Vitória estava grávida de quatro meses e deixou um filho de 4 anos, que tem paralisia cerebral e síndrome de West. Ela sofria de diabetes tipo 1 e morreu no dia 24 de fevereiro. Ao G1, Silmara contou que a filha estava internada desde o dia 30 de janeiro e não foi testada quando foi para a UTI.

"A gente sabe que ela não pegou Covid de casa porque todo mundo estava em casa. Aí ela chegou ao hospital e foi diagnosticada com a doença depois de 10 dias internada. Ela não saia de casa. Essa é a minha mágoa, é a minha tristeza", relata Silmara.

A mãe da jovem explica que pretende conscientizar as pessoas sobre a gravidade da doença porque não quer que outras pessoas passem pelo mesmo que sofreu.

"Os jovens acham que não vão morrer. Ela tinha 23 anos, era uma menina forte. Sorocaba não está ajudando as pessoas. É só quando a gente perde um ente querido que nós vemos. Ver o que é ter sua filha as 23h30 da noite com o caixão lacrado, sem poder vê-la."

'Sempre batalhou'

Vitória foi internada após sofrer problemas nos rins devido à diabetes. O aniversário dela foi no dia 14 deste mês, quando já estava em coma.

"Ela foi internada porque estava com a pressão muito alta e com problema no rim, além de uma anemia muito forte. A água entrou no pulmão dela e ela ficou uma semana na UTI e teve três paradas cardíacas. Quando falaram que ela estava com Covid, a gente não viu mais ela", relata Silmara.

A jovem apenas vivia aos cuidados do filho e se separou recentemente do marido. Agora, o pequeno ficará com os avós.

"Ela vivia para ele, todas as coisas ela conseguiu para ele. Ela correu muito atrás e sempre batalhou muito por tratamentos. Ela amava muito o filho dela", conta Silmara.

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