O Batalhão de Operações Especiais (Bope) prendeu na madrugada desta quinta-feira (3), mais um suspeito de envolvimento do maior assalto a banco de Santa Catarina. Ele foi localizado em uma casa na cidade de Três Cachoeiras (RS), a cidade fica a cerca de 100 km de Criciúma.
Segundo a polícia, o local teria sido usado como transição para a fuga dos assaltantes. Foram encontradas roupas com sangue, acionador de explosivo e um furgão. O homem é o sétimo preso suspeito de participar do crime.
Além do detido nesta manhã, a polícia prendeu dois suspeitos em São Leopoldo, na Região Metropolitana de Porto Alegre na quarta-feira (2).
Os outros três suspeitos foram localizados entre a divisa de Torres, no Litoral Norte gaúcho e Passo de Torres, já em Santa Catarina.
O trio suspeito foi encaminhado para Araranguá, onde foi registrado o flagrante. Procurada, a Polícia Civil não informou detalhes da prisão. Ao menos duas ruas paralelas à delegacia foram cercadas por viaturas das polícias Civil e Militar para garantir a conclusão dos procedimentos em segurança.
Também na tarde de quarta, uma mulher de 31 anos foi presa em São Paulo suspeita de participação no mega-assalto. Ela foi localizada, após uma denúncia, no Jardim Reimberg, Zona Sul da capital paulista. Com a mulher os policiais encontraram malotes de dinheiro do Banco do Brasil, que serão periciados.
Além do Comando de Operações de Busca, Resgate e Assalto (Cobra), do Bope de Santa Catarina, participam da operação policiais da Brigada Militar do Rio Grande do Sul.
Um galpão usado pelos criminosos que assaltaram a agência bancária em Criciúma foi encontrado pela Polícia Militar nesta quarta (2), informou o subcomandante-geral da PM, Marcelo Pontes. A estrutura fica na cidade vizinha de Içara, a cerca de 9 quilômetros de Criciúma.
A PM informou que o galpão foi usado para pintar os carros usados no assalto de preto. “Este galpão foi usado para pintura dos carros, eles pintaram alguns veículos, picharam de uma cor clara e pintaram de preto. Com spray ali, com esse compressor, minicompressor. Então isso foi utilizado momentos antes do início da ação criminosa", afirmou Pontes.
Assalto em Criciúma
Uma quadrilha assaltou um banco entre o fim da noite de segunda-feira (30) e início da madrugada de terça-feira (1º) em Criciúma.
O grupo fortemente armado invadiu a tesouraria regional de um banco, provocou incêndios, bloqueou ruas e acessos à cidade, usou reféns como escudos e atirou várias vezes. Um PM e um vigilante ficaram feridos. A Polícia Militar acredita que dois criminosos tenham se ferido também.
Resumo do assalto:
Cerca de 30 pessoas encapuzadas assaltaram uma agência do Banco do Brasil no Centro de Criciúma às 23h50 de segunda-feira (30). A ação durou 1 hora e 45 minutos.
Pessoas foram feitas reféns e cercadas por criminosos; houve bloqueios e barreiras para conter a chegada da polícia.
Um PM ficou ferido, precisou passar por cirurgia e segue internado. Ninguém morreu.
Criminosos fugiram, e parte do dinheiro ficou espalhada pelas ruas. Valor levado e abandonado não foi calculado ainda.
Quatro moradores foram detidos após recolherem R$ 810 mil que ficaram jogados no chão devido a explosão durante o assalto.
Criminosos também deixaram 30 quilos de explosivos para trás. Polícia não sabe o total utilizado.
10 carros usados no assalto foram apreendidos em um milharal de uma propriedade privada em Nova Veneza, a noroeste de Criciúma. Nove deles eram blindados. Segundo o Instituto Geral de Perícias (IGP), os veículos foram pintados de preto para camuflar.
A PM, baseada em manchas de sangue encontradas em dois carros, calcula que dois criminosos tenham se ferido
Em nota, o Banco do Brasil disse que funcionários não foram feridos, que não há previsão para reabertura da agência e que não informa "valores subtraídos durante ataque às suas dependências".