Marzano havia sido aprovado pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. O placar na comissão foi de 13 a 0, favorável ao embaixador. Porém, o diplomata se indispôs com a senadora Kátia Abreu (PP-TO) durante a sabatina.
Na ocasião, a parlamentar perguntou se a questão ambiental pode ser usada como "barreira" ou "dificuldade" pelos produtores rurais europeus com objetivo de impedir o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE).
Marzano afirmou que a delegação em Genebra "não se ocupa de temas ambientais" e nem do tratado entre os países sul-americanos e a UE. "Não é atribuição da minha secretaria atual", esclareceu o diplomata.
Kátia Abreu reagiu dizendo que lamentou a recusa de Marzano de abordar o tema. Para ela, o Itamaraty pode estar se transformando em uma "casa de terrores" porque os "embaixadores não podem dar sua opinião".
Marzano era o nome para substituir a embaixadora Maria Nazareth Farani Azevêdo, que deixará o posto na ONU.
A última rejeição a um diplomata ocorreu em 2015, também para um organismo internacional. A então presidente Dilma Rousseff (PT) foi derrotada na indicação de Guilherme Patriota para a representar o País na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.