Mato Grosso registrou aumento de 16,35% no número de focos de queimadas em agosto deste ano. A comparação, feita com o mesmo período do ano passado, aponta que 7.699 focos foram registrados em 2022, enquanto que em 2021 foram 6.617. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados nesta quinta-feira, 1º de setembro.
Com relação aos biomas mais atingidos pelas chamas, a Amazônia aparece em primeiro lugar com 5.928 focos. Já no Cerrado, houve diminuição, já que no ano passado foram registrados 2.544 focos, contra 1.746 em 2022. O Pantanal também foi menos assolado pelas chamas este ano, com 25 focos de incêndio contra 308 em 2021.
Quanto aos municípios, Colniza é a campeã dos incêndios nos dois anos. Em 2021, o município registrou 923 focos, número que saltou para 1.361 em 2022. Na segunda colocação aparece o município de Aripuanã, que registrou 528 focos de incêndio este ano, contra 521 no ano passado.
Os municípios de Paranatinga (426 focos), Nova Nazaré (280) e Barra do Garças (274) completam a lista dos cinco que mais registraram pontos de queimadas em agosto no ano passado.
Já em agosto de 2022, a lista tem novos nomes. Apiacás (com 417 focos), União do Sul (408) e Campinápolis (386) estão em 3º, 4º e 5º lugares, respectivamente.
ÁREAS INDÍGENAS - Entre as terras indígenas, a mais afetada em 2021 foi Areões, que registrou 83 focos de incêndio, seguida por Kawahiva do Rio Pardo (69) e São Marcos (65). Já em 2022, o local que mais registrou focos de incêndio foi a terra indígena Parabubure, com 349 focos, seguida por Areões (211) e Capoto/Jarina (150).
É importante ressaltar que Mato Grosso está no período proibitivo de queimadas, entre 1º de julho e 30 de outubro. Neste período, fica autorizado o uso do fogo somente para as práticas de prevenção e combate a incêndios realizadas pelas instituições públicas responsáveis pela prevenção. Quem for pego praticando queimadas está sujeito a punição e multa.
CUIDADOS - Sem previsão de chuva para os próximos dias, tendo em vista os danos causados à saúde pelo clima seco, fogo e fumaça, o Ministério da Saúde recomenda uma série de cuidados para prevenção durante o período de estiagem. São eles: evitar atividades físicas externas no período de maior exposição ao sol, entre 10 horas da manhã e quatro da tarde. Aumentar a hidratação, ingerindo mais água, suco natural e água de coco. Evitar refeições pesadas e comer muitas frutas e legumes.
Espalhar panos ou baldes com água em casa, principalmente no quarto, ao dormir, ou utilizar umidificadores de ar também ajuda a manter a umidade no ambiente em níveis saudáveis.