O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), culpou o ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por conceder férias para médicos no início do ano, quando os casos de dengue e chikungunya já apresentavam crescimento. Ele fez a declaração nesta quinta-feira, 23 de janeiro, ao anunciar estado de emergência por conta dos casos da doença.
“A gestão passada [não] nos ajudou muito. Ela colocou muitos médicos de férias em janeiro, na transição. No período de chuva, no período de dengue. Eles já sabiam o que estava acontecendo. Eles deram férias para muitos profissionais, deixando a gente desassistido”, falou Abilio.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) registrou aumento de 204,5% nos casos confirmados de dengue e 1.913,3% nos casos de chikungunya. Foi o que levou a prefeitura a decretar emergência.
Abilio reclamou da ausência de médicos no período que é marcado alta dos casos de dengue e chikungunya. Ele foi questionado se a quantidade de profissionais em férias seria proposital.
“Não posso dizer proposital. Eu posso dizer que em uma transição de governo, inicio de gestão, em casos de dengue no ano, colocar vários profissionais da área da Saúde de férias não é recomendado. É recomendando que seja avaliado pelo próximo gestor”, disse.
O prefeito também falou que desde o fim do mandato de Emanuel já não tinha contratos com empresas para limpeza de locais de proliferação do mosquito Aedes aegypti.
“Se isso foi feito intencional ou não, não poso afirmar. Não sei o coração da pessoa que estava na gestão anterior. Mas que traz prejuízo à Saúde do município, traz. Porque, se você observar o início de casos, que teve crescimento no dia 29 de dezembro, a gente já tinha uma sinalização de crescente de dengue e chikungunya. Naquela época, já não tínhamos contrato de limpeza de boca de lobo, não tínhamos contratos para limpeza de áreas públicas, no sentido de maquinários e outras áreas”, falou.