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Cidades Terça-feira, 09 de Março de 2021, 10:37 - A | A

Terça-feira, 09 de Março de 2021, 10h:37 - A | A

GUERRA DO MODAL

Grupo técnico visita Centro Operacional, atesta funcionamento e pede retorno das obras do VLT

Lorena Krebs

Foi realiazada na manhã desta segunda-feira (8) uma visita técnica no Centro de Controle e Operação (CCO), do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) Cuiabá/Várzea Grande. Organizado pelo Fórum Pró-VLT, a visita contou com a presença de entidades da área metro-ferroviária.

De acordo com o economista Vicente Vuolo, coordenador do movimento pró-VLT, o objetivo da visita foi mostrar a atual situação dos materiais e equipamentos do VLT.

A presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Metrô (AEAMESP), Silvia Cristina Silva, afirmou que a parada do processo é nociva à população e que o VLT é mais vantajoso, por inúmeros fatores. Quem também endossa essa visão, e esteve presente, é o atual secretário-geral da Associação Latino Americana de Ferrovias (ALAF) e ex-secretário nacional de Mobilidade, Jean Pejo.

Para ele, todas as vantagens apontadas pelo governo do estado para mudar o modal de VLT para BRT pertencem, na verdade, ao próprio VLT. Ele ainda aponta que a apresentação do governo foi “uma forma de modificar o sistema de transporte sem ouvir as pessoas e as instituições

Os presentes apontaram também que o projeto já está 70% encaminhado e que o atual recurso se destina ao VLT. No caso de alteração do projeto, não haverá recurso. A ideia defendida por eles é que, com a verba que ainda está disponível, que seria de aproximadamente R$ 193 milhões, é possível finalizar a obra na rota Várzea Grande – Porto, em Cuiabá. E a verba para a rota até o CPA e o Coxipó poderia vir por meio de parceria público-privada (PPP).

“Quem está sendo a grande prejudicada é a sociedade com a obra parada. A obra parada é a obra mais cara que existe” afirmou Vuolo, que explicou que ao término da visita eles encaminhariam um relatório e um documento ao governo do Estado, ao presidente da República, ao Ministério Público Federal (MPF) e ao Ministério do Desenvolvimento Regional, solicitando a conclusão imediata da obra.

Ainda de acordo com o economista, em Várzea Grande o processo de término da obra seria mais rápido, uma vez que a cidade já possui mais de 3,5km de trilhos eletrificados.

Estiveram presentes também o representante da Caixa Econômica Federal, Marlon Berneck, e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA/MT) e Secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano e Sustentável, Juarez Samaniego, além de representantes de movimentos populares.

BRT

O governador Mauro Mendes (DEM) pediu ao Ministério do Desenvolvimento Regional, em dezembro de 2020, autorização para substituir o VLT pela instalação do Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), que é movido à eletricidade, levando em consideração estudos elaborados pelo Estado e também pelo Grupo de Trabalho (GT) criado na Secretaria Nacional de Mobilidade Urbana.

De acordo com os estudos feitos à época, a conclusão do VLT levaria aproximadamente seis anos e que o valor da tarifa do VLT seria superior ao do transporte público coletivo, saindo a R$ 5,28 enquanto que a do BRT seria inferior, por R$ 3,04.

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