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Cidades Quinta-feira, 12 de Outubro de 2023, 16:18 - A | A

Quinta-feira, 12 de Outubro de 2023, 16h:18 - A | A

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Indústria faz pesquisas para desenvolver cimento com menor impacto ambiental

Assessoria de Imprensa

A indústria do cimento é responsável por 7% de todo o CO2 gerado pela ação humana no mundo, segundo a IEA (sigla em inglês de Agência Internacional de Energia). No Brasil, em função de várias ações que vêm sendo implementadas há anos e à qualidade de nossa matriz energética, essa participação é praticamente um terço da média mundial, ou 2,6%, segundo o Inventário Nacional de Gases de Efeito Estufa. Grande parte dessa emissão é causada no processo de calcinação de calcário e argila para produzir o clínquer, principal matéria-prima do cimento. Com o intuito de reduzir esse impacto, o setor tem desenvolvido pesquisas para encontrar novas soluções que ajudem a diminuir a pegada ambiental.

No mês em que se comemora o Dia da Ciência e Tecnologia (16 de outubro), a Votorantim Cimentos, empresa de materiais de construção e soluções sustentáveis, reafirma o compromisso em alcançar concreto com zero emissão de CO2 até 2050 e celebra o pioneirismo no uso de cimentícios que têm se mostrado eficientes para alcançar essa meta. Para isso, a companhia conta com um time de especialistas da área de Pesquisa & Desenvolvimento, que atua em unidades no Brasil e no exterior em busca de novas soluções para produzir um cimento mais sustentável.

 

No Mato Grosso, os pesquisadores identificaram pozolanas não convencionais, como o calcoxisto, uma rocha encontrada em área da fábrica de Cuiabá (MT), que pode ser utilizado para substituir parte do clínquer na produção de cimento. Esse material não era utilizado anteriormente. Assim, combinado com um filito também encontrado na fábrica cuiabana, sua utilização como cimentício contribui com o meio ambiente.

Já em Porto Velho (RO), a Votorantim Cimentos tem trabalho semelhante e pioneiro, desde 2009, com a primeira fábrica projetada para produzir cimento com pozolana calcinada. Com essa adição, a unidade reduziu em 50% as emissões de CO2, 40% de água, 25% da energia elétrica e 10% na geração de resíduos. A iniciativa foi fundamental para atender ao mercado que demandava um cimento de alta durabilidade para obras de infraestrutura, como a construção de usinas hidrelétricas.

Tanto em Cuiabá como em Porto Velho, além da inovação para suprir às necessidades do mercado regional, o uso de cimentícios possibilita atuação da companhia de forma sustentável, atuando em sintonia com os seus Compromissos de Sustentabilidade para 2030, que tem como meta reduzir para 475 kg a emissão de CO2 por tonelada de cimento. Em ambas as unidades, a substituição de parte do clínquer segue a NBR 16697, que estabelece parâmetros de desempenho para o cimento com adições.

Durabilidade - A gerente geral de Pesquisa e Desenvolvimento da Votorantim Cimentos, Sílvia Vieira, explica que junto à redução de emissões, o uso de pozolana confere ao cimento propriedades de maior durabilidade. Segundo a executiva, como o concreto está sujeito a fissuras e deterioração causadas por agentes externos como sulfatos, cloretos e bactérias, a pozolana é uma solução que ajuda a evitar esses ataques.

“Uma estrutura construída com um concreto que leva pozolana mantêm-se resistente a longo prazo. Assim, além da redução de CO2 já no processo de fabricação de cimento, o uso de pozolana aumenta a vida útil da obra, contribuindo para evitar reparos ou demolição. Dessa maneira, menos materiais são retirados da natureza para produzir cimento e concreto. Isso é um benefício adicional importante do ponto de vista ambiental, já que quase 50% do material natural extraído hoje em todo o planeta é para a fabricação de cimento e argamassa”, afirma Sílvia.

Jornada de descarbonização – Nos últimos anos, a Votorantim Cimentos tem avançado em suas metas de descarbonização com a redução de 24% as emissões de CO2 por tonelada de cimento produzido no mundo, entre 1990 e 2022. Ano passado, a Votorantim Cimentos registrou resultado global de emissões de 579 kg de CO2 por tonelada de cimento produzido, uma redução de 3% na comparação com 2021. Já a taxa de substituição de clínquer passou de 74,9% em 2021 para 73,9% em 2022. Nossa meta par

 
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