A mãe de Isabele Guimarães Ramos, que foi morta com um tiro na cabeça no dia 12 de julho, no condomínio de luxo Aphaville, disse que a condenação da adolescente que matou sua filha desmontou a "farsa feita pela família" da atiradora.
Em nota, Patrícia Helen Guimarães Ramos afirma que a justiça foi assertiva e a juíza Cristiane Padim da Silva, da 2ª Vara Especializada da Infância e Juventude, descreveu perfeitamente o que aconteceu no dia do crime, citando inclusive "a conduta criminosa, fria, hostil e desumana" da menor.
Ao citar o acontecido, Patrícia diz que a justiça não se deixou levar pela farsa que foi tentada montar pela família da adolescente condenada.
“A justiça foi assertiva e descreveu perfeitamente o enredo baseado em perícias técnicas e listou de forma clara e objetiva a conduta criminosa, fria, hostil e desumana, da menor que assassinou a minha filha cruelmente, não se deixando levar pela farsa que desde o primeiro momento a família da menor infratora insistiu em montar para encobrir a crueldade do assassinato da minha filha”, diz parte da nota.
Patrícia ainda explana que Isabele foi vítima do pai da adolescente condenada, que insistentemente tentou manipular e dizer que todos eram inocentes, perseguidos e ameaçados.
“Talvez ontem, ele deve ter olhado para a cama vazia da filha e sentido a falta dela, MAS, vai ao final poder conviver com ela novamente, EU NÃO! MEU FILHO NÃO! A MINHA FAMÍLIA NÃO! Jamais poderemos ter a Bele de volta para podermos amá-la e vê-la crescer! Nosso luto e luta serão eternos!”, escreveu, lembrando que a adolescente passou a primeira noite internada no Centro de Ressocialização Menina Moça, no bairro Carumbé.
A empresária também cobra justiça em relação ao namorado da adolescente autora do disparo. Segundo ela, o crime iniciou quando o adolescente de 16 anos rodou armado pela cidade até chegar na casa dos sogros. Ela afirma ainda que ele chegou a levar arma para a escola.
“Lamento muito o fato de nossa sociedade estar convivendo com essa insanidade relapsa que coloca o poder de tirar vidas, com requinte cruel e covarde, nas mãos de menores, demonstrando como está errado o trato e a posse de armas no nosso país”, acrescentou Patrícia.
Após a morte de sua filha, Patrícia diz ter esperança de que a lei se torne mais rígida e que adolescentes sejam proibidos de praticar esportes com arma de fogo.