Considerado um porto seguro para políticos e empresários de Mato Grosso quando precisam de atendimento médico, o Hospital Israelita Albert Einsten anunciou que irá fechar as portas para pacientes que não sejam de São Paulo. A informação foi confirmada pelo presidente do hospital, Sidney Klajner, em entrevista à Folha de S. Paulo na última terça (12).
“Sempre atendemos pessoas de todo o Brasil. Mas precisamos nos preocupar para que não faltem leitos para a nossa comunidade, que é São Paulo”, disse.
O Albert Einstein tem recebido políticos e empresários de Mato Grosso desde o início da pandemia. O caso mais recente é o do secretário de Saúde Gilberto Figueiredo, que ficou 18 dias internado. Outras autoridades também já passaram por lá, como o governador Mauro Mendes (DEM) e o ex-ministro Blairo Maggi.
A lotação dos leitos de UTI do Albert Einstein bateu recorde desde o início da pandemia, devido ao aumento na procura após as festas de final de ano. Dos 140 internados, 35% estava na UTI, 26 deles sobrevivendo com ajuda de ventilação mecânica. Ao todo, 18% têm entre 18 e 44 anos e outros 20,7% têm entre 45 e 59 anos, enquanto que 90 possuem 60 anos ou mais.