O governo Mauro Mendes (DEM) decidiu reservar cerca de R$ 100 milhões do orçamento para a aquisição de vacinas, caso o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a covid-19 do governo federal sofra algum atraso. A informação é do secretário de Fazenda (Sefaz), Rogério Gallo, que reafirmou ter sido a reserva financeira planejada a pedido do governador.
“Se for necessário e se tiver algum atraso do governo federal, nós não vamos prejudicar a saúde dos matogrossenses, e vamos colocá-la em primeiro lugar, adquirindo aquelas vacinas que estiverem aprovadas pela Anvisa. Por isso reservamos os R$ 100 milhões para fazer frente a essas vacinas”, disse o secretário.
Gallo, no entanto, espera que o plano nacional de imunização tenha andamento e defende que o governo federal lidere esse processo através de disponibilização das vacinas via Sistema Único de Saúde (SUS).
A reserva financeira segue o que o próprio governador já havia dito ao visitar o Instituto Butantan há alguns dias para analisar o processo de compra da vacina Coronavac, que será produzida no Brasil em parceria com a empresa Sinovac.
Mendes decidiu abrir diálogo direto com o governo do São Paulo, já que o governo Bolsonaro ainda não havia apresentado nenhum plano nacional para vacinação.
“Tenho conversado com o governador João Doria e vou conhecer hoje a vacina Coronavac. A prioridade é garantir uma vacina segura aos mato-grossenses o mais rápido possível’, disse Mendes em visita a São Paulo.
O Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a covid-19 deverá começar dia 20 de janeiro, conforme informação do Ministério da Saúde.
Porém, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) recomendou ao governo federal, na última terça-feira (22), que o Ministério da Saúde amplie o Plano Nacional e estenda a toda a população.
O Plano estabeleceu 4 grupos como prioritários, como trabalhadores da saúde que serão os primeiros a receberem as doses da vacina, depois as pessoas de 80 anos ou mais, pessoas de 75 a 79 anos e indígenas com idade acima de 18 anos.
Em seguida, serão cidadãos na faixa etária de 70 a 74 anos, de 65 a 69 anos e de 60 a 64 anos, e o grupo que tem acima de 18 anos e possui comorbidades como hipertensão de difícil controle, diabetes mellitus, doença pulmonar obstrutiva crônica, doença renal, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos transplantados de órgão sólido, anemia falciforme, câncer e obesidade grave.
Por último, deverão ser vacinados professores do nível básico ao superior, forças de segurança e salvamento e funcionários do sistema penitenciário.