“O distanciamento é um ato de amor nesse período”. Essa é a opinião de Suzana Maria da Glória, que irá comemorar o Dia das Mães por meio de videochamada com seus filhos e netos. A aposentada ficou internada por causa da covid-19 no ano passado e não pôde nem mesmo ver os filhos pela tela do celular. Após vencer a batalha contra a doença, a matriarca da família se organiza para receber o carinho de seus amados de longe, com todos protegidos e saudáveis.
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“Mesmo longe, hoje eu agradeço por poder comemorar esse domingo com meus filhos. Mesmo por videochamada, sabe? No ano passado eu achei que não iria sobreviver, mas graças ao bom Deus estou aqui e agradeço a família que constituí”, disse.
O distanciamento é, sem dúvidas, um desafio para todos. E pelo segundo ano, o famoso e tradicional almoço do Domingo das Mães será diferente. A pandemia causada pelo novo coronavírus não acabou e continua obrigando que mães e filhos fiquem separados. Dona Suzana sabe muito bem disso. O distanciamento será triste tanto para ela quanto para a família, mas a prevenção vem sempre em primeiro lugar.
“É um ato de amor para com meus filhos e netos. Vai dar tudo certo. Somente nos prevenindo e protegendo é que passaremos por isso. Eu estou ligada aos meus filhos, criei-os bem, sei que eles também gostariam de comemorar comigo essa data, e vamos, de longe, mas vamos. Estou viva e isso é o que tem de mais valioso”, afirmou.
Para amenizar um pouco a tristeza da separação, Dona Suzana lembra um velho e sábio clichê: ‘Dia das Mães é todo dia’. “Domingo é só uma data para comemorar aquilo que somos desde que geramos um filho”, finalizou.
Sentimento que a bancária Flavia Silva está vivendo agora. Mãe de primeira viagem, ela foi infectada pela doença em 2020, com apenas nove semanas de gestação. Durante o período, ficou em isolamento e teve sintomas leves, conseguindo se recuperar com apenas um reforço nas vitaminas e muito líquido.
“Passados os 14 dias de quarentena, fizemos um ultrassom e minha filha estava em perfeito estado. Minha bebê não tinha sido afetada e mexia muito na barriga. Foi uma emoção inexplicável que sentimos”, lembra a mamãe da pequena Maria Luiza, que hoje tem três meses de vida.
O alívio do momento só fui superado pela emoção de quando Flávia pegou a filha no colo pela primeira vez. “Não pude conter a emoção que sentia naquele momento. O parto foi normal e, apesar de pequena, a Maria nasceu saudável. Olhei pro meu esposo, que balançou a cabeça em sinal de que a neném era perfeita e eu me emocionei tanto. É a minha primeira filha e só pude agradecer”, conta, emocionada.
O primeiro Dia das Mães de Flávia é cheio de significados e repleto de gratidão. “Esse ano é o meu primeiro Dia das Mães e o que sinto é muita felicidade, alegria e gratidão, por ter ela [Maria] e por estar aqui”, completou, se lembrando a luta contra a covid-19.