A Prefeitura de Cuiabá ainda deve analisar todo projeto estrutural para intervenção na Trincheira Jurumirim (Avenida Miguel Sutil), antes do Governo do Estado iniciar sua atuação no local. Somente após a aprovação do Município de todo planejamento é que os trabalhos devem ser iniciados. A medida é regulamentada pelo Decreto nº 6.212, assinado pelo prefeito Emanuel Pinheiro em 2017 e ainda em vigor na Capital.
De acordo com o decreto, todas as obras, serviços de engenharia e reparos programados nas intervenções destinadas à melhoria na mobilidade urbana e ligadas a Copa do Mundo, realizada em Cuiabá em 2014, devem ser previamente autorizadas pelo Poder Executivo Municipal.
“Ainda estamos em fase de discussão e, somente após uma análise minuciosa de todo planejamento é que a intervenção deve ser liberada. É uma das principais vias de Cuiabá e sofrerá com os impactos. A obra gerará um caos no trânsito e tentaremos minimizar o máximo possível os transtornos à população. Por isso, estamos discutindo a data e aprovando o projeto”, explica o vice-prefeito e secretário de Obras Públicas, José Roberto Stopa.
Segundo comunicado pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) à Secretaria Municipal de Obras Públicas, a Trincheira deve ser interditada por um período estimado de sete meses para que seja corrigido um problema no sistema de drenagem de águas pluviais. A previsão é que, somente na parte inferior, deva ser retirado cerca de 1,5 metro de solo e substituído por outro de melhor qualidade.
“A estrutura sofre desde sua construção com esse problema. O dreno foi extremamente mal feito ou inexistiu. Nas paredes, também não foi bem feito. Temos um impacto muito grande. Vocês percebem que o asfalto ficou esborrachado, e isto é problema de drenagem”, relata José Roberto Stopa.
O vice-prefeito destaca ainda que uma das exigências feitas pela Prefeitura de Cuiabá é que a obra seja executada em três turnos. Para ele, a medida é necessária para que o trabalho ocorra de forma célere e a estrutura volte a ser liberada o mais rápido possível. Também já foi solicitado o estudo de todos os desvios que serão implantados e o cronograma completo de atuação.
“Precisamos deixar claro que essa é mais uma herança maldita da extinta Secopa. Agora, cabe ao Estado garantir os reparos necessários e evitar que no futuro isso até cause um acidente maior”, pontua.