O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) quer saber quais medidas administrativas serão tomadas contra educadores que se negarem a tomar a vacina contra a covid-19. O requerimento foi feito por meio de ofício ao secretário de Estado de Educação (Seduc), Alan Porto, na quinta-feira da semana passada, 24 de junho. O pedido surge após a imprensa noticiar que a classe é a que mais tem faltado ao agendamento, atrasando assim o processo de imunização em massa, medida essencial para vencer a batalha contra o novo coronavírus.
“Feitas essas considerações, e ante as notícias que vêm sendo divulgadas na imprensa, no sentido de que os profissionais da educação estão entre os que mais se ausentam à vacinação, é a presente para solicitar informações sobre as medidas administrativas que serão adotadas aos servidores públicos, profissionais da educação, efetivos e/ou contratados, que porventura venham protelar ou recusar o recebimento da vacina”, diz o documento.
O ofício cita que o Supremo Tribunal Federal (STF) já autorizou os Estados a impor medidas restritivas a pessoas que escolham não se vacinar contra a covid-19. Entre as medidas está o impedimento de frequentar determinados lugares e fazer matrícula em escolas. As medidas de restrição é a alternativa à imunização à força, o que não é permitido.
A informação de que os profissionais da Educação são os mais faltosos foi revelada pela Prefeitura de Cuiabá. Levantamento divulgado mostrou que entre os dias 1º e 12, mais de 1.500 educadores não tinham comparecido à vacinação no horário agendado.
Os motivos incluem o “luxo” à escolha de qual vacina tomar, além de temor por causa de fake news espalhadas via redes sociais. No primeiro caso, devido às fortes reações causadas pela vacina AstraZeneca, muitos estão deixando de tomá-la para receber um imunizante “mais light” nas reações.
No segundo caso, as mentiras espalhadas incluem microchip para controle mental pela nova ordem mundial, marca da Besta para o apocalipse e até imã pra grudar moedas no braço.
Enquanto uma parte dos educadores se recusa a ir vacinar, seja qual for o motivo, o Sindicato continua a emitir todos os dias notas de pesar por seus filiados, vítimas da covid-19.