As vacinas recebidas pelo estado de Mato Grosso, para a imunização do grupo prioritário, de acordo com o secretário estadual de saúde, Gilberto Figueiredo, já dá para imunizar 100% dos indígenas e 80% dos profissionais que atuam na saúde.
Durante o anúncio dos novos testes que serão realizados pelo Estado no Centro de Triagem na Arena Pantanal, na manhã desta terça-feira (26), Gilberto falou que as doses recebidas da Coronavac e da AstraZeneca/Oxford, já imuniza quase 100% do primeiro grupo prioritário pré-estabelecido pelo cronograma do governo federal.
“As vacinas que recebemos, inclusive as que chegaram ontem, faz uma cobertura de 100% dos indígenas e 80% dos profissionais de saúde de Mato Grosso. Nós ainda teremos 18 mil profissionais a serem vacinados, por isso teremos ainda que receber no mínimo 36 mil doses para encerrar a fase de imunização dos profissionais da saúde”, detalhou.
De acordo com Gilberto, ainda não há previsão para a chegada das 36 mil doses restantes para conclusão da vacinação dos profissionais da saúde. Contudo, já se sabe que o Ministério da Saúde tem mais 4 milhões de doses para serem distribuídas para os Estados, mas não foi informado ainda o cronograma de entrega desses novos lotes de vacinas.
Polêmicas de vacinados
Denúncias de profissionais de saúde que não seriam do grupo prioritário começaram a circular nas redes sociais, causando uma polêmica em torno de quem poderia ou não ser vacinado. A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), chegou a encaminhar um ofício para a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), informando de um possível “fura fila” de pessoas que não são do grupo prioritário e estariam se vacinando.
Já o ator André D’Lucca usou o seu perfil em uma rede social para falar que o coordenador especial de uma policlínica em Cuiabá teria tomado vacina sem pertencer ao grupo prioritário, assim como o vereador Diego Guimarães (Cidadania) usou seu perfil para denunciar um segurança que teria recebido a vacina e de acordo com ele, não seria profissional da saúde.
O vereador chegou inclusive a dizer para o segurança não tomar a segunda dose, o que acarretaria em perda da dose, já que as duas doses são obrigadas para a imunização.
O secretário explicou que as doses recebidas, são para imunizar todo os profissionais que atuam em qualquer área da saúde no estado.
“Toda a vacina que chegou até agora foi para vacinar indígena, idosos acima de 60 anos institucionalizados, e trabalhadores da saúde, não só o profissional, mas sim o trabalhador, que é uma margem um pouco mais ampla, como um motorista por exemplo, não é um profissional que tem formação na saúde, mas atua diretamente na saúde, então este vai ser imunizado”, detalhou.
A SMS emitiu uma nota rebatendo a acusação feita pelo vereador, explicando que o segurança trabalha em uma unidade polo e testagem do tipo RT-PCR em pacientes com sintomas de covid-19. A Secretaria também acrescentou que está seguindo o plano nacional de imunização que prevê a vacina para todos funcionários da saúde independentemente da função que exerçam. Confira abaixo a nota na íntegra:
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informa que:
- Matheus Silva de Siqueira trabalha como segurança na unidade básica de saúde (UBS) do bairro Parque Ohara, que funciona como polo de testagem do tipo RT-PCR em pacientes com sintomas de Covid-19 e onde ele tem contato direto com dezenas de pessoas sintomáticas.
- Por conta disso, ele faz parte da lista de trabalhadores da saúde aptos a serem vacinados nesta fase da campanha Vacina Cuiabá.
- A SMS reforça que o plano nacional de imunização contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, inclui os trabalhadores da saúde no grupo 1, ou seja, não somente profissionais com formação na área de saúde, mas todos aqueles que trabalham nessa área, independentemente da função que exerçam.
- Esta é uma premissa seguida à risca pela gestão Emanuel Pinheiro, que não diferencia as pessoas pelo nível hierárquico, mas reconhece a importância de todos aqueles que estão no combate ao coronavirus".