Há 10 anos o agronegócio brasileiro não gerava tantos empregos quanto em 2020. Conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o setor abriu 61.637 mil vagas de trabalho entre janeiro e dezembro do ano passado. Desse total, 35,6% das vagas foram geradas em Mato Grosso, campeão nacional na produção de grãos e detentor do maior rebanho bovino do país.
“Apesar da pandemia e dos resultados abaixo dos esperados para o mercado de trabalho no Brasil em 2020, o setor agropecuário apresentou a maior geração de novas vagas de trabalho dos últimos 10 anos. Em 2020 a expansão foi de 142.690 novas vagas de trabalho no somatório de todos os setores da economia brasileira. O setor agropecuário abriu 61.637 novas vagas, sendo o melhor resultado desde 2011 quando a expansão no mercado de trabalho do setor foi de 85.585 vagas, em meio à criação de 2 milhões de novas vagas no Brasil”, destaca o Comunicado Técnico da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA Brasil).
A agropecuária foi o terceiro setor que mais gerou vagas de trabalho em 2020. O cultivo de soja e a criação de bovinos lideraram o ranking de expansão de vagas por atividade agropecuária, gerando, respectivamente, 13.396 e 11.598 vagas.
Neste momento, em todo o país, trabalhadores do agro estão nos campos colhendo mais de 127,5 milhões de toneladas de soja da safra 2020/21, que teve produção 2,2% maior em comparação à temporada anterior, atingindo um novo recorde.
Em Mato Grosso, a demanda por mão de obra precisou ser reforçada para a colheita, já que o estado é responsável por 26,5% de toda produção nacional. São mais de 33,9 milhões de toneladas que devem sair das lavouras do estado graças ao trabalho de caminhoneiros.
A soja é apenas um dos produtos de Mato Grosso, que demanda mão de obra nos campos também para outros cultivos. Em plena crise econômica mundial, em 2020, o setor gerou riquezas e encerrou o ano com 890.491 empregos formais, um saldo positivo de 21.970 novas vagas na comparação com 2019.
DESEMPREGO - De acordo com a Pnad Contínua, a taxa de desemprego foi de 14,1% no trimestre encerrado em novembro de 2020. A taxa foi a mais alta para esse trimestre móvel desde o início da série histórica da pesquisa, em 2012. Na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior (11,2%), o aumento é de 2,9 pontos percentuais. O número de desempregados foi estimado em 14 milhões.