O aumento no custo dos insumos da construção civil e das incertezas econômicas já compromete os números do programa Casa Verde e Amarela, do governo federal. Sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da CBIC, aponta que os empresários que atual nesse nicho ficaram em desvantagem.
O programa Casa Verde e Amarela foi o segmento mais afetado pelos aumentos, já que suas margens são menores e há um teto para contratação.
“Apesar de ter o subsídio do governo para o comprador, a empresa não vai conseguir construir naquele preço e terá que reajustar o valor do imóvel e a consequência é um aumento de preços para o consumidor final”, detalha Marco.
A queda dos resultados já é perceptível. O programa do governo representou 47,1% do total de lançamentos no 4º trimestre de 2020. Sobre o total de vendas, essa participação foi de 48,6%. No 3º trimestre de 2020, a representatividade foi de 54,7% e 53,0%, respectivamente, aponta o estudo da entidade.
RESULTADOS - Conforme a sondagem feita pela Cbic, no comparativo de lançamentos entre 2020 (151.782 unidades) e 2019 (184.761 unidades), houve queda geral de 17,8%. Na contramão do país, a região Centro-Oeste teve mais lançamentos, com 3.015 unidades a mais ou 24,7% mais lançamentos em 2020.
Em todo o país, as vendas apresentaram aumento de 3,9% no 4º trimestre de 2020, na comparação com o trimestre anterior. No acumulado do ano, houve aumento de 9,8% (16.955 unidades) no número de unidades vendidas em 2020 ante 2019.
O estudo Indicadores Imobiliários Nacionais do 4º trimestre de 2020 foi realizado pela CBIC e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Nacional), em parceria com a Brain Inteligência Estratégica. Para formulação foram coletadas informações de 150 municípios, sendo 20 capitais brasileiras, incluindo Cuiabá. As cidades foram analisadas individualmente ou dentro das respectivas regiões metropolitanas.