As lavouras de algodão vêm apresentando desenvolvimento dentro do esperado até o momento. A produtividade foi mantida em 285,48@/ha (ou 4.282/kg), recuo de 6,91% em relação à safra 19/20. Contudo, com o grande percentual de áreas semeadas fora da janela ideal de cultivo, e as previsões climáticas em abril e maio apontando para menores chuvas, deixam dúvidas sobre o possível impacto na produtividade e até mesmo sobre a qualidade da fibra até o final do desenvolvimento da cultura.
A comercialização da pluma para a safra 19/20 avançou no mês de março, alcançando 98,17% da produção. Com o produtor firme na pedida e a menor disponibilidade da fibra no estado, o preço médio valorizou 6,40% em comparação ao mês passado, chegando à marca de R$ 142,33/@ em Mato Grosso.
Já em relação à safra 20/21, com o fim da semeadura do algodão e as primeiras áreas apresentando boas condições até o momento, os produtores voltaram a negociar grandes volumes. Assim, a venda da pluma avançou em relação ao mês passado, chegando a 67,93% da produção.
No entanto, o ritmo segue atrasado em relação à safra passada, devido ao receio da menor produção para a safra. Por fim, no cenário futuro 21/22 as vendas da pluma ainda estão tímidas e em março apenas 17,34% da produção está vendida. O atraso em relação à safra passada chegou a 12,43 pontos, por outro lado, o percentual ainda está acima da média dos últimos cinco anos.
QUEDA DO DÓLAR - Com o recente recuo do dólar, o indicador Cepea, com pagamento em oito dias, caiu 0,07%, fechando em R$ 479,50 na semana passada. Mesmo com a valorização Basis as paridades de exportação para contratos de jul/21 e dez/21 apresentaram quedas de 0,93% e 0,31%, respectivamente. Tal declínio se deve a desvalorização do dólar, indica o IMEA.
O Basis para o contrato jul/21 valorizou 5,00% nesta semana, variando de ¢US$ 2,88 para ¢US$ 2,93 puxado pela demanda aquecida pela pluma.
