Alguns segmentos do varejo sentiram mais a crise deste ano. As lojas de vestuário e calçados, que no fim do ano respondem pela maior parte das vagas de trabalho temporário, preveem uma redução de contratações temporárias em 2020. Estima-se que neste ano serão abertas 30,7 mil vagas, o equivalente a pouco mais da metade dos 59,2 mil postos criados em 2019.
De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a principal dificuldade enfrentada por esse ramo é a de reaver o nível de vendas anterior ao início da pandemia de covid-19. Em Mato Grosso, o cenário não é diferente.
Foi só nesta quarta-feira (20) que a Prefeitura da capital de Mato Grosso permitiu, por decreto, que as lojas de vestuário e calçados liberassem as provas dos produtos. A recente flexibilização concedida ao comércio trouxe mais otimismo aos empresários para as vendas de fim de ano.
“Isso vai facilitar muito. Normalmente, as pessoas que vão às compras gostam de provar e até ontem isso era proibido. Isso junto com a contratação de uma mão de obra mais qualificada e a continuidade dos pagamentos do Auxílio Emergencial, acreditamos que iremos crescer”, ressalta Junior Macagnam, presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Calçados e Couros (Sincalco-MT).
Embora as lojas de vestuário e calçados respondam pela maior parte das vagas voltadas para o Natal, as de artigos de uso pessoal e doméstico (13,7 mil) e hiper e supermercados (13,4 mil), deverão responder por cerca de 82% das vagas oferecidas pelo varejo nacional.