A sensação de insatisfação econômica com relação ao futuro ainda é um problema para as duas faixas de renda estudadas na pesquisa que mede a Intenção de Consumo das Famílias (ICF): com ganhos acima e abaixo de dez salários mínimos. Apesar disso, houve melhora em ambos neste mês de junho.
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Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), entidade responsável pela pesquisa, os dados apontam que a volta das medidas de ajuda aos brasileiros, como o auxílio emergencial, está surtindo resultado positivo e estimulando a retomada do consumo das famílias.
“O incremento no otimismo dos consumidores acompanha a percepção mais positiva sobre indicadores econômicos e medidas do governo para mitigação de impactos da pandemia, como o investimento no auxílio emergencial e outras iniciativas sociais. Mas a consolidação de um indicador positivo ao longo do ano depende da reativação da circulação nas ruas”, afirma a CNC.
Ao comparar a realidade das duas faixas de renda, observa-se um distanciamento entre as duas, principalmente no ponto de vista anual.
As famílias com ganhos acima de dez salários mínimos estão 7% menos insatisfeitas na comparação anual (junho de 2020), e 4% na mensal. Isso fez que o grupo chegasse a 83,8 pontos, valor ainda abaixo do ideal, que seria acima de 100 pontos.
Seguindo para outra direção vão as famílias que ganham até dez salários. No caso, o sentimento de insatisfação chegou a 64,0 pontos este ano, um recuo de -5,2% ante o mesmo mês de 2020, e leve alta (1,6%) na comparação mensal.
O grau de insatisfação ou satisfação, mensal e anual, são dimensionadas pela variação de 0 a 200 pontos. Abaixo de 100, esse índice aponta para uma percepção de insatisfação e acima de 100 indica o grau de satisfação.