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Economia Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, 11:24 - A | A

Quarta-feira, 24 de Agosto de 2022, 11h:24 - A | A

MERCADO INSTÁVEL

Petróleo volta a disparar e cria nova pressão sobre preços no Brasil

Da Redação

Os preços dos combustíveis voltaram a subir no comércio internacional, com o barril do petróleo Brent, considerado a referência mundial do mercado, ultrapassando a casa dos US$ 100 nessa terça-feira (23). Isso fez com que a paridade de preços de importação entrasse no negativo, segundo os relatórios desta semana da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom).

Esse aumento de preços dos combustíveis é uma reação do mercado à possibilidade de a Organização dos Países Produtores de Petróleo e aliados (Opep+) reduzir a produção de petróleo. A avaliação é que o preço do barril não está alinhado com a realidade do mercado, pois os preços atuais estão mais caros que no mercado futuro. Isso, avalia o setor, pode desestimular a produção.

 

Esse cenário provocou alta do barril, que havia chegado a custar US$ 92 nas últimas semanas, mas já opera em alta de 3,7%, chegando a US$ 100 na tarde de terça-feira.

Na segunda-feira (22), a paridade de importação do diesel estava em 2% negativo, o que significa que os importadores de combustíveis estão pagando cerca de 10 centavos mais caro por litro do diesel. Essa diferença se mantém no relatório de terça.

Já a gasolina voltou a ter paridade positiva, ao contrário de segunda, quando o combustível estava 9 centavos mais caro no exterior.

A avaliação de representantes do setor é que o mercado segue muito volátil, o que torna mais difícil prever os próximos movimentos, pois, apesar de o preço do petróleo estar em alta nesta terça, o dólar segue ainda mais instável, operando em queda, abaixo de R$ 5,10.

PREÇOS NAS BOMBAS

Os consumidores já começaram a sentir os resultados das recentes reduções feitas pela Petrobras, tanto no diesel, como na gasolina. Conforme os dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o preço médio da gasolina em Mato Grosso atingiu R$ 4,87 (comum) e R$ 4,97 (aditivada). Esse é o menor patamar desde fevereiro de 2021.

Já o litro do diesel em Mato Grosso tem um preço médio de R$ 7,42, com mínima de R$ 6,81 e máxima de R$ 7,99.

ETANOL

O preço do etanol hidratado também tem apresentado sucessivas quedas nas indústrias, conforme os dados do indicador do Centro de Estudos em Economia Aplicada (Cepea). Segundo o indicador, o preço do metro cúbico do biocombustível (equivalente a cerca de mil litros), é vendido nas usinas por R$ 3.047,58. Já o preço do litro é estimado em R$ 3,04.

Já nos postos de Cuiabá, o litro do etanol pode ser encontrado por até R$ 3,37. Com isso, Mato Grosso se mantém como o único estado em que é mais vantajoso abastecer com etanol.

Segundo dados da ANP, o litro do etanol em Mato Grosso é equivalente a 67% do preço da gasolina. O biocombustível só é vantajoso quando essa percentagem é inferior a 70%.

O biocombustível de Mato Grosso também é o mais barato do Brasil, à frente de seus dois maiores concorrentes. São Paulo, maior produtor do Brasil, tem o litro do etanol vendido por R$ 3,78. Já em Goiás, que é o segundo maior produtor, o litro é vendido por R$ 3,80.

O etanol mais caro foi registrado em Roraima, onde sai por R$ 5,54 por litro.

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