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Geral Sexta-feira, 05 de Fevereiro de 2021, 17:25 - A | A

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AMEAÇADA DE EXTINÇÃO

Baleia que encalhou na Flórida é uma espécie completamente nova

Damares Alves | Só Científica

Em 2019 uma baleia de 11,5 metros de comprimento ficou encalhada em uma praia na Flórida, EUA. Na época, todos acharam que se tratava de uma baleia-de-bryde, no entanto, uma análise mais detalhada do crânio do animal mostrou que esta é uma espécie completamente nova.

O animal foi batizado de baleia-de-rice (Balaenoptera ricei) e um estudo detalhando a nova espécie foi publicado no Marine Mammal Science no mês passado.

Uma espécie completamente nova, mas já ameaçada

É estimado que existam menos de 100 indivíduos desta espécie em todo o planeta segundo um comunicado da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Este é um dado alarmante.

De acordo com o estudo, os pesquisadores analisaram registros da baleia Bryde no Caribe e no grande Oceano Atlântico e concluíram que as baleias que avistaram eram evidências “de uma espécie não descrita de Balaenoptera do Golfo do México”.

A nova analise mostrou que além de terem crânios diferentes, as baleias de rice são ligeiramente diferentes em tamanho das baleias-de-Bryde. A baleia de rice pode pesar até 27.215 quilogramas e crescer até 12,8 metros. Enquanto as baleias-de-bryde podem atingir até 15 metros.

O crânio da baleia de rice, uma espécie completamente nova

O crânio do que agora é oficialmente a baleia de Rice nas coleções do Museu Nacional de História Natural Smithsonian. (NOAA)

Em 2008, os cientistas da NOAA conduziram uma análise genética de amostras de tecido da misteriosa população do Golfo. Essa análise sugeriu que a população era geneticamente distinta das outras baleias de Bryde, relatou Michael Marshall, da New Scientist.

Uma espécie vulnerável

A equipe de pesquisa acredita que estes animais possam viver até os sessenta anos, entretanto, mais análises detalhadas são necessárias.

 

Devido à sua localização no Golfo do México, as baleias de Rice são particularmente vulneráveis ​​a derramamentos de óleo, ataques de navios e exploração e produção de energia, acrescentou a NOAA.

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