Em 2019 uma baleia de 11,5 metros de comprimento ficou encalhada em uma praia na Flórida, EUA. Na época, todos acharam que se tratava de uma baleia-de-bryde, no entanto, uma análise mais detalhada do crânio do animal mostrou que esta é uma espécie completamente nova.
O animal foi batizado de baleia-de-rice (Balaenoptera ricei) e um estudo detalhando a nova espécie foi publicado no Marine Mammal Science no mês passado.
Uma espécie completamente nova, mas já ameaçada
É estimado que existam menos de 100 indivíduos desta espécie em todo o planeta segundo um comunicado da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA). Este é um dado alarmante.
De acordo com o estudo, os pesquisadores analisaram registros da baleia Bryde no Caribe e no grande Oceano Atlântico e concluíram que as baleias que avistaram eram evidências “de uma espécie não descrita de Balaenoptera do Golfo do México”.
A nova analise mostrou que além de terem crânios diferentes, as baleias de rice são ligeiramente diferentes em tamanho das baleias-de-Bryde. A baleia de rice pode pesar até 27.215 quilogramas e crescer até 12,8 metros. Enquanto as baleias-de-bryde podem atingir até 15 metros.
Em 2008, os cientistas da NOAA conduziram uma análise genética de amostras de tecido da misteriosa população do Golfo. Essa análise sugeriu que a população era geneticamente distinta das outras baleias de Bryde, relatou Michael Marshall, da New Scientist.
Uma espécie vulnerável
A equipe de pesquisa acredita que estes animais possam viver até os sessenta anos, entretanto, mais análises detalhadas são necessárias.
Devido à sua localização no Golfo do México, as baleias de Rice são particularmente vulneráveis a derramamentos de óleo, ataques de navios e exploração e produção de energia, acrescentou a NOAA.