O Ministério da Saúde repassou R$ 59,4 milhões para que os estados invistam na chamada “rede de frio”, ou em equipamentos usados na refrigeração de vacinas e de salas de imunização, como câmaras refrigeradas, freezers e ar-condicionado. A portaria foi publicada nesta segunda-feira (7) no Diário Oficial.
O objetivo é dar incentivo financeiro para que estados fortaleçam o “Programa Nacional de Imunizações, promovendo resposta qualificada e efetiva ao serviço de imunização nacional para o enfrentamento da Covid-19”.
A distribuição do dinheiro para a compra de equipamentos de refrigeração varia conforme o tamanho da população. São Paulo e Rio de Janeiro são os estados que receberão os valores mais altos: R$ 11,3 milhões e R$ 4,8 milhões, respectivamente.
Das quatro vacinas na fase final de testes no Brasil, três precisam de um resfriamento entre 2 e 8 graus e uma precisa ser conservada a pelo menos 70 graus negativos – a vacina da Pfizer/BioNTech, que foi aprovada pelo Reino Unido.
Plano de vacinação
O Ministério da Saúde ainda não divulgou o plano definitivo de vacinação contra a Covid-19. Na semana passada, o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros, disse que o plano só ficará pronto quando a vacina estiver registrada na Anvisa.
Ele também ressaltou que a vacina que será administrada precisa ser termoestável, ou seja, que não precise de baixíssimas temperaturas de armazenamento, como ocorre com candidatas da Pfizer e da Moderna.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) já havia alertado que países nas Américas não estão prontos para receber vacinas contra a Covid-19 baseadas em RNA (material genético), que precisam ser armazenadas em temperaturas muito baixas.
Nesta segunda, o governo de São Paulo disse que o plano de vacinação com a CoronaVac começa no dia 25 de janeiro de 2021.