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VACINA

Instituto Butantan inicia produção da Coronavac, mesmo sem o registro da Anvisa

Ana Saito | Metrópoles

O Instituto Butantan começou a produzir, na quarta-feira (9/12), a Coronavac, vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida em parceria com a chinesa Sinovac. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (10/12) pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Segundo o governador, a fábrica, que funcionava em escala, passa a operar 24 horas. A capacidade de produção é de 1 milhão de doses por dia.

Mesmo sem ter uma vacina registrada na Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o governo paulista anunciou, na segunda-feira (7/12), um calendário estadual de vacinação, com início em 25 de janeiro. Em mais um capítulo do embate com o governo de Jair Bolsonaro, Doria vem criticando o programa preliminar de imunização anunciado na última semana pelo Ministério da Saúde, que prevê vacinação a partir do fim de fevereiro.

Em reunião com governadores, na terça-feira (8/12), o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, afirmou que a aprovação de qualquer vacina pela Anvisa deve demorar 60 dias. A expectativa de Doria é entregar o relatório final de testes ainda em dezembro.

O governador paulista firmou acordo para ter 46 milhões de doses do imunizante. Na primeira fase da vacinação em São Paulo, que prioriza pessoas acima de 60 anos e profissionais da saúde, está prevista a aplicação de 18 milhões de doses (ou seja, para 9 milhões de pessoas).

Na última quinta-feira (3/12), chegaram a São Paulo cerca de 600 litros de matéria-prima para a produção da vacina Coronavac, pelo Instituto Butantan, o que representa até um milhão de doses contra a Covid-19. No dia 19 de novembro, o estado já havia recebido 120 mil doses prontas.

Das 46 milhões de doses, 6 milhões já são prontas para aplicação. As 40 milhões, em forma de matéria-prima para produção, serão envasadas e rotuladas em fábrica própria do Instituto Butantan. A estimativa do governo é de atingir esse volume total até 15 de janeiro.

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