Josiane Cristina da Silva, 42 anos, faleceu na noite da última quarta-feira, 17 de março. Ela estava internada na Policlínica do Planalto, em Cuiabá, em estado grave à espera de um leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com a agressividade do vírus, seu corpo não aguentou lutar por tempo suficiente até que um leito fosse disponibilizado.
A morte de Josiane não é a primeira ocasionada por falta de estrutura do sistema de saúde. Perdas como essas são reflexo do avanço devassador da segunda onda da pandemia de covid-19, que já vinha sendo anunciada pelos especialistas desde a redução de casos, na primeira onda, e relaxamento das medidas de contenção ao vírus.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Cuiabá, por meio de sua assessoria de imprensa, confirmou que a morte se deu enquanto a paciente aguardava por um leito de UTI. A pasta afirmou que a morte se deu mesmo com todos os esforços para reduzir os impactos da pandemia. A SMS lamentou a morte da mulher.
Nas redes sociais, amigos e familiares lamentam a perda de Josiane.
“Hoje o mundo ficou menor, mais pobre, mais frágil. Uma pessoa querida partiu; já não está entre nós. Porém, ela viverá sempre nos corações, de quem teve o grande privilégio de a conhecer, o que dói mais é aquela em que sabemos que não voltaremos a encontrar. Mas mesmo não estando mais entre nós, você estará eternamente comigo, através de todas as lembranças, descanse em paz, amiga!”, diz uma das publicações.
Mato Grosso sofre seu pior momento da pandemia, registrando recordes de mortes e de novos casos na última semana. As redes sociais se tornaram obituário on-line e as mortes chegam cada vez mais perto. Em um ano de pandemia, até esta sexta-feira (19), 6.696 pessoas já perderam a vida por complicações da doença no estado.