O presidente da AstraZeneca, Pascal Soriot, disse que a empresa está trabalhando com a Anvisa para obter a aprovação da vacina no Brasil, o que deve ocorrer ao longo de janeiro. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (18), durante uma reunião entre diretores de farmacêuticas e líderes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef.
Segundo Soriot, a vacinação pode começar em fevereiro, a depender do ritmo de produção da Fiocruz, que tem um contrato de transferência de tecnologia com a farmacêutica.
A vacina desenvolvida pela farmacêutica, em parceria com a Universidade de Oxford, é uma das apostas do governo brasileiro. O Brasil tem acordo para receber 100 milhões de doses do imunizante até julho. No segundo semestre, a previsão é a de que a Fiocruz produza 160 milhões de doses.
Milhões de doses até março
O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou na quinta-feira (17) que o Brasil prevê receber 93,4 milhões de vacinas contra a Covid-19 entre janeiro e março — 24,7 milhões em janeiro; 37,7 milhões em fevereiro; e 31 milhões em março. São vacinas de três fabricantes: AstraZeneca (vacina de Oxford), Instituto Butantan/Sinovac e Pfizer. As três precisam ser aplicadas em duas doses.
"A data exata é o mês de janeiro [...]. Isso tudo dependendo do registro da Anvisa. Se somarmos esses números, vamos ter 24,7 milhões de doses em janeiro", disse o ministro. "Isso é daqui a 30 dias, janeiro aqui eu falo meio de janeiro. Não são seis meses", completou Pazuello.