Logo nas primeiras horas do dia 5 de julho (sábado), cavaleiros e amazonas darão início a uma tradição da 57ª Feira Industrial, Comercial e Agropecuária de Mato Grosso (Expoagro): a cavalgada, símbolo de fé, cultura e conexão com o campo. A expectativa da organização é reunir cerca de 140 participantes montados, entre homens, mulheres e crianças.
É o momento de exibir animais, selas, chapéus e trajes especialmente preparados, num ritual que historicamente abre a programação oficial da feira, promovida pelo Sindicato Rural de Cuiabá.
A saída será às 7h30 do Centro de Eventos Jonas Pinheiro. O trajeto percorrerá as avenidas XV de Novembro, Prainha e Getúlio Vargas, alcançando o Palácio Alencastro, onde o grupo será recebido pelo prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, com um café da manhã.
Na sede da Prefeitura Municipal, como manda a tradição, ocorrerá o simbólico “pedido de bênção” ao prefeito, gesto que “autoriza” o Sindicato Rural de Cuiabá a iniciar a 57ª Expoagro.
Após esse momento de confraternização e respeito institucional, as comitivas retornam ao parque de exposições para a “queima do alho”. “Muitos perguntam o que significa este ritual. É um almoço de sabores tropeiros e afetivos, com arroz carreteiro, feijão gordo, carne de sol, paçoca e boas histórias”, conta o diretor de eventos do Sindicato Rural de Cuiabá, Bruno Nardez.
Mais do que um desfile, a cavalgada é um ato de amor aos animais, ao campo e à cultura cuiabana. Cada cavalo é tratado com carinho e atenção, como um membro da família. E, no fundo, é disso que se trata: família. Em cada comitiva, há pais, filhos, avós e amigos que se unem em torno de um mesmo propósito – manter viva a paixão pela lida, pelas raízes e pelo encontro com o povo da cidade.
É nesse contato com a população urbana que a cavalgada também cumpre outro papel importante: divulgar a Expoagro. Ao abrir “os caminhos”, a tropa aquece os corações e lembra a todos que a história de Mato Grosso nasceu sobre arreios, poeira e coragem. Cada trote é um convite para se viver a Expoagro, numa conexão entre cidade e campo.
