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Judiciário Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2021, 17:09 - A | A

Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2021, 17h:09 - A | A

A ESPERA CONTINUA

Audiência para sentenciar Isadora Ledur é adiada pela Justiça

Jefferson Oliveira
Cuiabá

A tenente Izadora Ledur de Souza Dechamps ganhou mais um tempo para apresentar sua defesa à Justiça, já que foi adiada a audiência que iria julgar a militar por envolvimento na morte do jovem Rodrigo Claro, durante o treinamento do 16º curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros.

A audiência inicialmente estava marcada para o dia 27 de janeiro, por meio de videoconferência, mas foi adiada a pedido da defesa de Izadora. A defesa alega que o Ministério Público Estadual (MPE) tinha prazo até o dia 7 de abril de 2020 para apresentar as alegações finais, mas só encaminhou a peça no dia 26 de outubro do mesmo ano.

Nesse caso, o advogado de Ledur alegou que necessita do mesmo tempo que o MP teve para apresentar a defesa da militar, já que o órgão extrapolou o prazo definido pela Justiça Militar. O juiz Marcos Faleiros acatou o pedido da defesa de Ledur, que é acusada pelo crime de tortura.

Procurada pela nossa reportagem, a mãe de Rodrigo Claro, Jane Patrícia de Lima Claro, se mostrou surpresa com a decisão, pois ainda não tinha tomado conhecimento. Em recente entrevista ao Estadão Mato Grosso, Jane destacou que aguarda o julgamento há quatro anos e torce para que Isadora Ledur seja condenada pela morte de seu filho.

A nova data de audiência ainda não foi marcada. A expectativa é que aconteça entre os meses de junho e julho.

O caso

No dia 10 de novembro de 2016, Rodrigo e outros alunos do curso de formação participaram de uma aula aquática na Lagoa Trevisan. Rodrigo já estava exausto do treinamento, mas ainda recebeu “caldos” (situação em que a pessoa é submersa na água e tenta se livrar de um afogamento) de Ledur.

O aluno começou a passar mal e pediu que a instrutora Ledur parasse com os caldos, mas ela teria continuado com a prática. Com uma forte dor de cabeça e exausto, Rodrigo foi liberado da aula para procurar ajuda médica.

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Rodrigo foi sozinho até o Batalhão do Corpo de Bombeiros, no bairro Verdão, de onde foi encaminhado à Policlínica do Verdão. A família de Rodrigo só foi comunicada do ocorrido após o primeiro atendimento na policlínica.

O jovem então foi transferido para um hospital particular da capital, onde acabou não resistindo e morreu no dia 15 de novembro. No laudo sobre a morte de Rodrigo constava que o jovem sofreu uma hemorragia cerebral.

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