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Mundo Terça-feira, 05 de Dezembro de 2023, 14:56 - A | A

Terça-feira, 05 de Dezembro de 2023, 14h:56 - A | A

CONHEÇA A HISTÓRIA

Espião cubano trabalhou por 40 anos no governo dos Estados Unidos

g1

Na segunda-feira (4), Victor Manuel Rocha, de 73 anos, ex-embaixador dos Estados Unidos na Bolívia, foi processado acusado de ter sido um espião de Cuba durante 40 anos.

O Departamento de Justiça dos EUA (órgão equivalente ao Ministério de Justiça) afirmou que essa é uma das infiltrações mais longevas e profundas do governo americano por um agente estrangeiro.

 

Ao longo das últimas décadas, ele teve os seguintes cargos no governo dos EUA:

Ele trabalhou no Departamento de Estado (órgão semelhante ao Ministério de Relações Exteriores) entre 1981 e 2002, segundo o Departamento de Justiça.
Nos anos de 1994 e 1995, ele foi conselheiro do Conselho de Segurança Nacional do governo dos EUA.
Entre 2000 e 2002, Manuel Rocha foi embaixador dos EUA na Bolívia.
Entre 2006 e 2012, ele foi conselheiro do Comando Sul do Exército dos EUA.

Como os EUA descobriram o espião

Nos anos de 2022 e 2023, ele teve conversas com um representante do Departamento Geral de Inteligência de Cuba. Nesses encontros, Manuel Rocha contou que trabalhou como espião durante décadas.

No entanto, o homem que Manuel Rocha pensava ser um dirigente dos serviços de inteligência de Cuba era, na verdade, um agente disfarçado do FBI. 

Ações na Justiça dos EUA

Ele foi preso e é acusado de ter cometido diversos crimes federais, incluindo ter sido um agente estrangeiro ilegal e ter usado um passaporte obtido de maneira fraudulenta, de acordo com o Departamento de Justiça.

O procurador-geral Merrick Garland divulgou um comunicado sobre o caso. No texto, ele afirma que durante mais de 40 anos, Victor Manuel Rocha agiu como um agente do governo cubano e “buscou e obteve posições no governo do EUA que dariam a ele acesso a informação que não era pública e a capacidade de influenciar a política externa nos EUA”.

 
 
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