Ultimamente muito se tem falado de transtorno da aprendizagem no âmbito escolar, o assunto tem chamado a atenção de grande parte da população mundial, tão como a sociedade brasileira e especificamente pais e grupos de professores que convivem diretamente com indivíduos que possuem ou não o diagnóstico dentro do CID F-81- Transtornos específicos do desenvolvimento das habilidades escolares, mas que apresentam traços dos transtornos da escrita e do cálculo, sejam em suas rotinas diárias no ambiente familiar e escolar, para isso é importante conhecer para fazer uma intervenção e otimização do individuo corretamente. A falta de informações e políticas públicas voltada para as pessoas com transtornos tornaram-se o maior co-autor da história dos últimos tempos.
O transtorno da aprendizagem é caracterizado como transtorno de desenvolvimento em ler, escrever, calcular, sistematizar, sofrendo atrasos significativos na vida. Apresenta também prejuízos no campo e em fase escolar podendo chegar até a fase adulta. Todavia existem três elementos políticos chaves para discutir o transtorno da aprendizagem hoje, sendo eles: campo da deficiência, o papel dos familiares e a escola.
No caso do primeiro o Transtorno foi trazido para área da saúde mental, porque deixou de ser extremamente raro, os familiares que lidam diretamente com os indivíduos e acabam buscando ajuda nas clínicas psicológicas, e psicopedagogos, neuroeducadores, pois passaram a oferecer serviços a crianças com transtornos, devido à ausência dos serviços públicos prestados nesta área. É impossível criar um serviço de política pública sem incluir os familiares.
Perpassa no ambiente escolar todo processo de ensino e aprendizagem que segundo Paulo Freire “a escola precisa ser entendida como ambiente social, precisa permitir uma interação agradável, entre alunos, entre docentes e ambos envolvidos porque é nele que o indivíduo desenvolve as suas habilidades e capacidades". Ainda de acordo com Freire “se o compromisso é realmente com o homem concreto, com a causa de sua humanização, de sua libertação, não pode prescindir da ciência, nem da tecnologia, com as quais é instrumentando para melhor lutar por esta causa” (2007, p. 22).
A ESCOLA
Segundo o IDEB - Índice de Desenvolvimento da Educação básica é considerada como uma instituição de construção entre sujeitos e identidades, por meio de estimulo entre facilitador e indivíduo neste sentido, o diagnóstico no âmbito escolar como a aprendizagem: processo de aquisição, conservação e a evocação de conhecimento.
Fato este que motivou a desenvolver um diagnóstico da aprendizagem sobre os processos da aquisição da leitura e escrita, memória e sua conservação. o índice também é importante condutor de políticas públicas em prol da qualidade da educação. é a ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica, que tem estabelecido, como meta para 2022, alcançar média 6 – valor que corresponde a um sistema educacional de qualidade comparável ao dos países desenvolvidos. Piaget que considera o processo de construção do conhecimento iniciando-se com o desequilíbrio entre o sujeito e o objeto. Para ele, a origem do conhecimento por parte do sujeito envolve dois processos complementares e por vezes, simultâneos. O primeiro é chamado de Assimilação que é. "estrutura cognitiva" de um indivíduo é, um complexo de esquemas de assimilação que, tendem a organizar-se segundo os modelos matemáticos de grupo e rede e o segundo a Acomodação que é através das acomodações (que, por sua vez, levam à construção de novos esquemas de assimilação) que se dá o desenvolvimento cognitivo. Se o meio não apresenta problemas, dificuldades, a atividade da mente é, apenas, de assimilação, porém, diante deles, ela se reestrutura (acomodação) e se desenvolve o aprendizado”.
JANIELLY CASSIA BARBOSA é neuroeducadora e professora do Ensino Fundamental em Cuiabá
