Um criminoso procurado pelo assassinato do empresário, Carlos Lock, de 62 anos, em frente a uma agência bancária em Cuiabá, em outubro de 2019, foi preso em Portugal e extraditado ao Brasil. Ele chegou na capital mato-grossense na madrugada de quinta-feira (17).
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O foragido, Everton Tomas Farias de Barros, de 32 anos,, foi preso por policiais portugueses. Ele era procurado pela Polícia Internacional (Interpol).
Após investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, ele foi localizado pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso.
As investigações apontam que o criminoso foi o mentor do assalto.
Ele foi conduzido por policiais federais para o Brasil, à capital mato-grossense e encaminhado a uma unidade prisional do estado.
A prisão preventiva foi decretada pelo juízo da 5ª Vara Criminal de Cuiabá.
Segundo a Polícia Civil, a prisão dele em solo português ocorreu no mês de abril, mas só foi divulgada nesta sexta-feira (18).
Depois da detenção em Portugal, o investigado foi ouvido no Tribunal da Relação do Porto, no dia 23 abril. Após os trâmites judiciais entre os dois países, foi realizada a extradição para o Brasil.
Investigação do latrocínio
Em de outubro de 2019, o empresário Carlos Lock chegava à agência do banco Itaú, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, para fazer um depósito, quando foi abordado por um criminoso. Ele tentou reagir ao assalto e foi baleado por um dos assaltantes. A vítima foi socorrida, porém, não resistiu aos ferimentos e morreu três dias após o crime, em um hospital de Cuiabá.
As investigações conduzidas pela Derf de Cuiabá identificaram três envolvidos que participaram da ação criminosa. Um deles, o executor dos disparos, foi preso em abril de 2020.
Considerado de alta periculosidade pela Polícia Civil, ele tem envolvimento com uma facção criminosa atuante no estado.
O segundo envolvido no latrocínio foi localizado e preso em maio do ano passado, durante a Operação Nimby, da Derf.
O terceiro envolvido, que foi preso em Portugal, foi identificado nas investigações da Derf como a pessoa que procurou o autor dos disparos e combinou com este o roubo, que teria apoio de outra pessoa.
Contudo, em declaração à polícia dois dias após o crime, quando foi conduzido pela PM à Central de Flagrantes após o carro dele ser identificado na investigação, ele informou que foi procurado por uma pessoa que lhe pediu para fazer uma corrida até uma rua próxima ao local do crime, onde ele deveria ficar aguardando.
Contudo, o “cliente” voltou para o carro ferido e armado e depois foi deixado próximo à sua residência. A investigação da Polícia Civil derrubou a versão apresentada pelo homem preso em Portugal e identificou que ele foi atrás do rapaz que fez os disparos e combinou para que este abordasse e roubasse o empresário na porta do banco.