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Polícia Quarta-feira, 14 de Outubro de 2020, 10:40 - A | A

Quarta-feira, 14 de Outubro de 2020, 10h:40 - A | A

FARSA DESMONTADA

Investigação aponta que vigilante não se suicidou e foi morto pela namorada

Jefferson Oliveira
Campo Novo dos Parecis

Meire dos Santos, 41, foi presa na tarde de terça-feira (13), após 25 dias de investigações da Polícia Civil, referente a morte do vigilante Sérgio Barbosa Junior, 31, que foi encontrado sem vida com um tiro na cabeça, no município de Campo Novo dos Parecis (385 km de Cuiabá).

No dia 18 de setembro, a polícia atendeu uma ocorrência de uma pessoa encontrada sem vida em um imóvel na cidade. Na cena do crime, Sérgio estava sem vida com uma arma de fogo próximo e alvejado com um tiro na cabeça.

Inicialmente a primeira testemunha a ser ouvida foi Meire, que relatou que o namorado havia se suicidado. A Polícia Civil continuou as investigações e foram ouvidas outras testemunhas ao longo do tempo. Nos depoimentos várias informações contraditórias a fala de Meire foram observadas.

Os policiais além das testemunhas, tiveram acesso ao laudo pericial que descartou a possibilidade de suicídio. Os investigadores descobriram que o corpo de Sérgio foi ajeitado no dia do crime, para simular o suicídio, mas na verdade, foi Meire que matou o vigilante, por não aceitar o término do namoro.

No dia do crime, os policiais levantaram que o casal brigou, e que Meire quebrou o vidro do carro de Sérgio, quebrou o celular dele e em seguida o matou.

“Ela o agredia, ele sofria diversas formas de violência. Sergio afirmava para pessoas próximas que queria se separar, inclusive pedia ajuda. Ela era ciumenta, possessiva e eles tinham brigas calorosas motivadas por ciúmes por parte dela. Ele decidiu separar e até procurou uma casa para sair logo”, disse a investigadora Daiana Padilha para a imprensa local.

Após levantar a materialidade dos fatos e comprovação do crime de Meire, a Polícia Civil solicitou na Justiça de Campo Novo dos Parecis, o mandado de prisão contra a suspeita. Meire foi presa e encaminhada para a delegacia e aguarda a transferência para um presídio feminino ficando à disposição da justiça.

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