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Polícia Quinta-feira, 05 de Setembro de 2024, 17:55 - A | A

Quinta-feira, 05 de Setembro de 2024, 17h:55 - A | A

"BOM PAI"

Mensagens enviadas em grupo da família de Raquel Cattani sugerem que ex-marido tentou criar álibi

g1MT

Prints obtidos pela Polícia Civil sugerem que Romero Xavier, ex-marido de Raquel Cattani e acusado de mandar matá-la, tentou criar um álibi de 'bom pai', para que não fosse tido como suspeito do assassinato da filha do deputado Gilberto Cattani, em julho deste ano. Segundo a polícia, Romero fazia parte de um grupo chamado 'Família do Deputado', onde enviou inúmeras fotos e vídeos ao lado dos filhos, no mesmo dia em que Raquel foi morta, em 18 de julho.

A jovem, de 26 anos, foi morta a com cerca de 30 facadas. O corpo foi achado na manhã do dia seguinte pela própria mãe, em um dos quartos da casa onde morava, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá.

Conversa de Whatsapp

O filho mais velho do casal completou 7 anos de idade no mesmo dia em que o corpo de Raquel foi encontrado.

Nas imagens obtidas com exclusividade pelo g1, é possível ver que Romero trocou mensagens com os pais de Raquel, Gilberto Cattani e Sandra Maziero Cattani. Na conversa, o ex-marido relatou sobre como as crianças estavam felizes após ganharem presentes (confira acima).

A investigação apontou que a vítima se manteve comunicável até aproximadamente às 20h16, do dia 18 de julho. Dessa forma, a polícia acredita que Romero estava enviando imagens e vídeos no grupo com o intuito de demonstrar, futuramente, que não se encontrava no local do crime.

Na manhã do dia 19 de julho, por volta das 8h02, quando a vítima já estava morta, segundo a perícia, o acusado gravou e encaminhou um vídeo no grupo da família parabenizando o filho do casal pelo aniversário. Segundo a polícia, ele ainda tentou esboçar um comportamento emotivo.

O corpo da vítima foi encontrado por volta das 9h do mesmo dia. Sem acreditar que Romero tinha participação, os pais de Raquel ligaram para ele avisando sobre o ocorrido. Minutos depois, ele chegou ao sítio da ex-esposa e prestou solidariedade à família.

No velório, permaneceu ao lado do caixão com o pai de Raquel e chorou durante a despedida. Segundo a polícia, tudo foi para tentar desviar o foco as investigações.

 

Entenda o caso

Raquel Cattani, de 26 anos, filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi encontrada morta no dia 19 de julho deste ano, na região do Pontal do Marape, em Nova Mutum, a 269 km de Cuiabá. Ela era empreendedora e atuava na produção de queijos artesanais.

Romero Xavier, ex-marido da empresária assassinada, e o irmão dele, Rodrigo Xavier foram presos suspeitos de serem mandante e executor, respectivamente.

O casal se conheceu em uma rede social, quando Raquel ainda era adolescente. Após conversarem pela internet, ocorreu o primeiro encontro, que foi escondido dos pais de Raquel.

Pouco tempo depois, o deputado permitiu que eles oficializassem a relação com o casamento. O casal permaneceu junto por nove anos. Eles tiveram dois filhos.

 
 
 
 
 
 
 
 
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