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Polícia Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2021, 15:03 - A | A

Quarta-feira, 17 de Fevereiro de 2021, 15h:03 - A | A

OPERAÇÃO DISTRUST

Polícia suspeita que funcionários de lojas ajudaram quadrilha a roubar mais de R$ 1 milhão

Fernanda Renaté

A Polícia Civil investiga se a quadrilha investigada na ‘Operação Distrust’ recebia algum tipo de informação privilegiada de funcionários das empresas assaltadas. A informação foi revelada nesta quarta-feira (17) pelo delegado Guilherme Bertolli, responsável pelas investigações.

Os bandidos atacavam no momento em que as lojas recebiam novas mercadorias e roubavam carregamentos inteiros diretamente no pátio das empresas. Daí surge a desconfiança de que alguém de dentro estaria repassando as informações aos criminosos.

“Agora vamos investigar se os envolvidos recebiam algum tipo de informação privilegiada sobre a chegada de cargas, principalmente de celulares”, disse o delegado, explicando que o nome da operação foi escolhido devido a essa possibilidade. Distrust é a palavra em inglês para desconfiança.

A quadrilha realizou uma série de 20 assaltos contra lojas de eletrodomésticos, que geraram um prejuízo superior a R$ 1 milhão. O principal alvo dos bandidos eram aparelhos de telefone celular, com mais de 1.200 unidades roubadas.

Segundo o delegado, a quadrilha teria se especializado nesta modalidade de crime. Eles chegavam fortemente armados às lojas e usavam de extrema violência contra as vítimas, em sua maioria trabalhadores das empresas assaltadas.

Agora os policiais querem saber qual o destino os produtos roubados. Existe a suspeita de que os bandidos vendiam o fruto do roubo para outras empresas revenderem. “Até o momento o foco das investigações era chegar até os criminosos, nesta segunda fase vamos procurar saber quem eram os receptadores’’, revelou Bertolli.

OPERAÇÃO DISTRUST  

A Polícia Civil deflagrou nas primeiras horas da manhã desta quarta a 'Operação Distrust' para cumprir 29 ordens judiciais de prisão e de busca e apreensão. Destes, 19 são mandados de buscas e apreensão e 10 de prisão. Parte das ordens judiciais tem como alvo presos da Penitenciária Central do Estado (PCE).

As investigações da Derf Cuiabá apuraram que a associação criminosa cometeu 20 roubos no ano passado contra lojas de eletrodomésticos de Cuiabá, que geraram um prejuízo estimado de mais de R$ 1 milhão com a subtração pelos criminosos de centenas de aparelhos celulares e eletroeletrônicos dos estabelecimentos comerciais.

A Polícia Civil empregou na Operação Distrust um efetivo de mais de 100 policiais, entre investigadores e escrivães, e 14 delegados da Derf Cuiabá e demais unidades da Regional de Cuiabá. A operação conta com apoio da Gerência de Operações Especiais (GOE), Delegacia Regional de Várzea Grande, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Diretoria de Inteligência da Polícia Civil e Serviço de Operações Especializadas do Sistema Penitenciário. São empregadas na ação policial 22 viaturas, drones e aeronaves.

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