Após deixar a Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o ex-deputado e ex-ministro Neri Geller, contou nesta quarta-feira, 11 de setembro, que está "trabalhando" para eleger "parceiros" nas prefeituras e Câmaras Municipais nos quatro cantos de Mato Grosso.
O ex-secretário de Política Agrícola deixou o cargo no governo Lula no mês de junho, após o escândalo do leilão do arroz, que foi anulado. Neri disse que retornou às suas atividades no agronegócio, entretanto, não estará fora da política.
"Estou acompanhando e ajudando os nossos parceiros no estado inteiro, tenho base bem fortalecida. E nesta quarta-feira irei a Nossa Senhora do Livramento, Poconé, Santo Antônio de Leverger e irei ajudar também em Cuiabá. [...] queira ou não, pra nós que viemos para Mato Grosso na década de 80, muitas coisas ocorreram pela força do trabalho, mas também pela implementação das políticas públicas e mesmo que eu queira, ficar fora, eu acabo me envolvendo e as pessoas de bem tem que se envolver na política", justificou.
LEILÃO DO ARROZ
O leilão de arroz teve os lotes arrematados por empresas que não têm histórico de atuação na área. A situação causou revolta em Lula, que tinha planejado o leilão como uma medida positiva, mas acabou se vendo com uma "bomba’ nas mãos". A situação de Geller naquele momento havia piorado com a revelação de que a FOCO Corretora de Grãos, participante do leilão, pertence a Robson Almeida de França, ex-assessor parlamentar de Geller na Câmara e sócio do filho do secretário, Marcello Geller, em outras empresas. Ele justificou que o filho já não tinha mais ligação com a empresa.