Deputado federal Coronel Assis (União Brasil) disse ser contra a indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, para a vaga que aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, em setembro. Dino é "homem forte" do governo e já tem o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ainda será submetido a uma sabatina no Congresso Nacional.
"É um direito e prerrogativa do presidente indicar a pessoa que ele entenda melhor ocupar a vaga no STF. Porém, eu encaro com muita preocupação a ida do ministro da Justiça Flávio Dino para o STF. Ele promove ações antidemocráticas, não obedece convocações do próprio Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados ou das Comissões Temáticas, justamente para discutir e ouvi-lo a respeito do que lhe é feito na sua na sua pasta", lamentou.
Assis revela a existência de um movimento na Câmara para vetar a ida de Flávio Dino ao STF. O parlamentar disse ainda que a notícia de que Luciane Barbosa de Farias, conhecida como a “dama do tráfico amazonense”, participou de duas reuniões na sede no MInistério da Justiça também irá pesar na sabatina dele no Congresso.
"Eu acredito que o Congresso vai reagir, tanto a Câmara quanto o Senado para tentar evitar isso, já existe um movimento, por parte dos deputados federais, no sentido de externar essa essa indicação que é preocupante, uma vez que tivemos há alguns dias o caso da 'dama do pó', né? Que estava lá em reuniões no Ministério da Justiça, com alguns assessores que não sofreram nenhuma suspensão, nem demissão ou exoneração", criticou.