O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, disse que, neste momento, está com um pé no União Brasil e outro no PSD. Ele espera que até o final de outubro tenha uma conversa com o presidente do União, governador Mauro Mendes, para discutir se haverá critérios objetivos para a definição do candidato da sigla para a eleição de prefeito de Cuiabá.
Atualmente, Botelho disputa a preferência do partido com o secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, que tem apoio do governador e da primeira-dama Virginia Mendes.
O deputado já havia anunciado que, caso saia do União, sua nova casa deve ser o PSD. Botelho já dialogou com lideranças estaduais da sigla, como o ministro de Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e com o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, que ofereceram todo apoio para lançar sua candidatura a prefeito.
“Diria que é 50% PSD, 50% União, até agora. Mas, eu acho que esse mês, até final do mês, nós temos que definir isso. É melhor pra mim, é melhor pro governo, é melhor pro Fábio, que a gente defina isso. E se nós formos ficar juntos, ótimo, bom. Se não ficar, vamos pro campo, vamos pra luta. Quem vai decidir vai ser Deus e o povo”, disse Botelho, em conversa com jornalistas na quarta-feira, 18 de outubro.
No mesmo dia, o governador afirmou que espera que Botelho ou Garcia desistam da candidatura a prefeito de Cuiabá. A declaração foi feita na frente de Botelho, que apenas reagiu com um sorrisinho de canto de boca, durante um evento no Tribunal de Contas do Estado (TCE). Mauro classificou a situação como um "probleminha" dentro da sigla.
Botelho disse à imprensa que ainda espera uma reunião para definir a situação do União Brasil e quer que seja antes da viagem do governador à China. Aos jornalistas e diante de Botelho, Mauro afirmou que ficou sabendo desse desejo apenas através da imprensa, mas se comprometeu a organizar o encontro.