O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), afirmou nesta terça-feira, 8 de outubro, que não se sente traído pelo correligionário Fábio Garcia, secretário-chefe da Casa Civil, que já declarou apoio ao candidato Abílio Brunini no segundo turno da eleição para prefeito de Cuiabá. Botelho retornou ao trabalho na Assembleia Legislativa nesta terça, dois dias após a apuração dos votos do primeiro turno em Cuiabá.
Em conversa com jornalistas, Botelho disse que o sentimento após perder a eleição municipal é de dever cumprido. Ele não conseguiu ir para o segundo turno, mas agradeceu os votos e disse que fez tudo o que podia para seguir. Botelho também sinalizou que deve buscar a reeleição como deputado estadual em 2026.
“Muito alegre, muito contente. Pensa em alguém que está feliz de ter feito o dever de casa [...], eu estava preparado mesmo. Fazer o quê? Fizemos tudo o que podíamos. Então eu estou assim, dever cumprido, fiz tudo o que podia. Deus não tinha isso pra mim, não tem problema nenhum e vida que segue” disse.
Além de explicar o sentimento em relação à derrota nas urnas, Botelho agradeceu os 88 mil votos conquistados em Cuiabá e garante que não deixará a vida política, já que pretende se lançar como deputado estadual em 2026.
O deputado evitou rebater a declaração de voto de Fábio Garcia, que foi coordenador-geral de campanha para a Prefeitura de Cuiabá. Nesta segunda-feira, 7, Garcia disse, sem pensar duas vezes, que irá apoiar Abilio Brunini (PL) no segundo turno.
"Acabou o primeiro turno, eu não estou no segundo e ele evidentemente está liberado para tomar as decisões dele. Então, ele fez tudo o que podia no primeiro turno. O partido decidiu, cada um toma as suas decisões", disse.
Ao ser questionado sobre qual candidato ele e seu grupo irão apoiar no segundo turno, Botelho disse que ainda não fez uma escolha e que vai tomar uma decisão em conjunto com seu grupo, já que o União Brasil liberou para seus membros para apoiar quem quisessem.
“Olha, eu vou discutir ainda com o nosso pessoal, tudo, mas a princípio nós vamos seguir a orientação do partido. O partido liberou, nós provavelmente vamos liberar também todo o nosso pessoal. Mas, ainda vamos fazer uma reunião, vamos discutir, mas provavelmente o caminho será esse”, contou.