Primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM) afirmou nesta terça-feira (13) ser contra a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a atuação do governo de Mato Grosso no combate à pandemia de covid-19, como está sendo feito no Senado Federal.
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Botelho se disse favorável à abertura de uma CPI para investigar as ações do governo federal, mas avalia que não há indícios de irregularidades que justifiquem a abertura de uma comissão similar em âmbito estadual.
“Nós não vamos abrir CPI aqui só porque abriu lá. Qual fato que teve aqui que justifique a abertura da CPI? Eu acho que aqui nós não temos nenhum fato que justifique a abertura de CPI. Agora, eu acho que a CPI nacional tem, sim, que investigar estados que foram totalmente omissos, que têm vários problemas”, disse o deputado, durante entrevista ao Programa Tribuna, na Rádio Vila Real.
Botelho afirmou que o governo federal cometeu muitos erros na condução da pandemia e reconheceu que alguns estados e municípios chegaram a ter denúncias de fatos relevantes, como desvio dos recursos destinados às ações contra a pandemia. Contudo, ele defende que apenas estes órgãos suspeitos devem ser investigados.
O deputado ainda cobrou uma ação mais efetiva da bancada federal em Brasília para melhorar a distribuição das vacinas para Mato Grosso, já que é o estado no Centro-Oeste que menos recebeu doses para imunizar sua população.
“Nossos deputados federais e senadores têm que agir duro lá. Está faltando ação nesse aspecto. Eles têm que agir em cima, para que a gente possa se igualar aos outros estados”, pontuou Botelho.
Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) apontam que Mato Grosso só está à frente dos estados do Acre, Maranhão e Piauí em percentual da população vacinada com a segunda dose. Até esta terça-feira, apenas 2,32% dos mato-grossenses haviam sido completamente imunizados, com as duas doses das vacinas.
