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Política Segunda-feira, 30 de Setembro de 2024, 11:36 - A | A

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"TRADIÇÃO" ELEITORAL

Chapada dos Guimarães não reelege prefeito há mais de 20 anos

Histórico da cidade mostra que candidatos de oposição têm tradição de derrotar os atuais gestores nas urnas

Da Redação

Famosa por suas belezas naturais e importância turística, Chapada dos Guimarães carrega uma curiosa tradição política: não reelege um prefeito há mais de 20 anos. Desde 2004, nenhum gestor conseguiu conquistar a confiança popular por dois mandatos consecutivos, o que traz um cenário de expectativa para o grupo de oposição na eleição atual.

Essa tendência reflete, em parte, o comportamento do eleitorado local, que tem preferido a alternância de poder ao longo das últimas duas décadas. A insatisfação com as gestões anteriores e o desejo por mudanças constantes são marcas registradas das eleições na cidade.

Nas eleições deste ano, o prefeito Osmar Froner (União) tenta quebrar essa sequência de 20 anos sem reeleição. No entanto, enfrenta uma disputa acirrada contra a oposicionista Fabiana Advogada (PSDB), que conseguiu reunir um arco amplo de alianças com partidos que defendem a renovação em Chapada.

Desde o início dos anos 2000, Chapada dos Guimarães passou por uma série de gestões que, embora distintas, não conseguiram construir forças suficientes para a reeleição. Desde o começo do século, apenas um prefeito conseguiu se reeleger, mas teve mandato curto.

Nas eleições de 2000, ‘Sebastião Treme Terra’ conseguiu vencer Pedro Reindel por pouco mais de 200 votos. Porém, cumpriu apenas quatro meses e nove dias de mandato, sendo cassado por abuso de poder econômico. Reindel assumiu em maio de 2001 e preferiu não disputar a reeleição em 2004.

Desde então, todos os prefeitos que disputaram a reeleição ‘levaram tinta’ nas urnas. Eleito em 2008, Gilberto Mello não conseguiu conquistar um novo mandato em 2008, sendo vencido por Flávio Daltro. Flávio e seu sucessor, Lisu Koberstain, nem tentaram a reeleição, talvez já prevendo o resultado. Quem tentou a sorte novamente foi Thelma de Oliveira. Eleita para o primeiro mandato em 2016, Thelma perdeu em 2020 e foi declarada inelegível em 2021, por abuso de poder político.

Em todas essas eleições, outro personagem também chamou atenção. O ex-prefeito Gilberto Mello, que não conseguiu se reeleger em 2008, concorreu para prefeito em todas as eleições, acumulando derrotas ao longo das temporadas. Agora em 2024, ele é candidato a vereador apoiando Osmar Froner.

 
 
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