O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi (PSB) encaminhou documento ao Governo do estado e também fez apelo aos prefeitos de Mato Grosso, em vídeo publicado em suas redes sociais, para que os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate de Endemias (ACE) sejam incluídos no grupo prioritário à imunização contra o novo coronavírus. Mato Grosso deu início ao Plano Nacional de Imunização (PNI), na segunda-feira (18.01). Nesta primeira fase, o governo federal disponibilizou ao estado 126.160 doses de vacina que irá contemplar 60.074 pessoas.
O parlamentar defende que, da mesma forma que os profissionais de saúde estão diretamente ligados aos pacientes infectados pelo vírus ou com suspeitas, os agentes correm o mesmo risco, já que atendem a população em suas casas. “Os agentes não estão na lista prioritária de vacinação. Eles estão lá na ponta, em contato direto com a população e com o vírus. Por isso cobramos das autoridades competentes que atenda essa classe”, disse Max Russi.
Wilson Cutas é presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Combate às Endemias (Sintrace-MT) e membro da Câmara Setorial Temática (CST) dos Agentes Comunitários e de Endemias, na Assembleia Legislativa. Segundo ele, os agentes de endemia estão diretamente ligados às comunidades, já que os profissionais são responsáveis pelo levantamento, monitoramento e dependendo do município, até mesmo o acompanhamento dos casos de pacientes contaminados, mas em isolamento domiciliar.
“Existem cidades que não possuem estrutura suficiente para acompanhar os casos de pacientes que são tratados em casa. É aí que entra o trabalho do agente de endemias. Já existem casos confirmados de óbitos de agentes pelo Brasil. Alto índice inclusive e, podemos citar os estados do Maranhão e Ceará. Por isso é extremamente importante o pedido do deputado Max, ele que já é um defensor nato das categorias e tem sido parceiro em inúmeras situações”, observou Cutas.
Primeira fase da vacina
Conforme o Ministério da Saúde, nessa primeira fase serão vacinados prioritariamente, pessoas idosas institucionalizadas com 60 anos ou mais, pessoas deficiência institucionalizadas, indígenas aldeados e, trabalhadores da saúde que atuam na linha de frente do combate à Covid-19. No entanto, a Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), deve analisar a quantidade de vacinas pelo número de pessoas de grupos específicos, já que o lote de imunizantes enviados para o estado não atende a demanda.