O deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM) disse que conversou com o governador Mauro Mendes (DEM) e com o secretário estadual de Fazenda, Rogério Gallo, para que seja revista a carga tributária cobrada do setor produtivo em Mato Grosso.
O pedido foi feito em um encontro do deputado com representantes do setor no estado. Dilmar disse que não é contra o reajuste, no entanto, o atual formato de cobrança necessita de uma correção, já que Unidade Padrão Fiscal (UPF) é corrigida pelo Índice Geral de Preços (IGP-DI), que acumulou alta de 24,27% enquanto o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período teve reajuste de 4,31%. Em janeiro de 2020, a UPF estava fixada no valor de R$ 146,44, saltando para R$ 181,98 atualmente.
“Já conversei com o Gallo, com o governador e eles mesmos confirmaram que precisa ser revisto esse reajuste. Eu disse ao governador que o próprio Estado paga algumas dívidas com juros baseados no IPCA, e isso que o setor produtivo pede. Já no início de fevereiro pretendemos resolver essa situação”, disse ao Estadão Mato Grosso.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Fernando Cadore defendeu que o valor da UPF atinge diretamente o cidadão que vai pagar em seus débitos fiscais, como taxas do corpo de bombeiros, do judiciário, licenciamento ambiental, entre outros.
Dilmar também revelou que outra articulação que está realizando para diminuição de tributos, é referente ao setor frigorífico. Atualmente o setor de carne tem dito que o atual valor e sistema de cobrança de impostos no estado, tem estimulado a exportação de animais vivos para outros países.
O parlamentar falou que vai sentar com representantes dos frigoríficos em Mato Grosso, e também fazer reuniões com a associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), para que esse problema tenha uma solução.
Prestes a iniciar a nova legislatura no dia primeiro de fevereiro, Dilmar Dal Bosco falou que neste primeiro semestre terá muita pauta para ser discutida na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT), como a votação da PLC-36, discussão do ICMS do gado, ICMS da psicultura, cota zero, RGA do Tribunal de Justiça, Lei do Pantanal entre outros.