O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) classificou como “uma sacanagem” a possível retirada de seu colega de partido, Valdir Barranco, da composição da nova Mesa Diretora. Em conversa com jornalistas nesta terça-feira (23), ele lembrou que Barranco ocupava a segunda secretaria na composição original, que foi desfeita por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF).
Ludio defende que seu colega de partido permaneça como segundo secretário ou vá para a primeira vice-presidência, já que o STF proibiu os componentes de serem reeleitos para o mesmo cargo. Contudo, alguns parlamentares afirmam que Barranco não poderia compor a chapa de Max Russi (PSB) à Mesa Diretora porque ele está internado em São Paulo, em estado grave, tratando-se contra a covid-19.
"Eu acho uma sacanagem o Barranco não estar na composição da mesa, porque ele sempre foi muito leal aos colegas que compõem a Mesa Diretora. Não há impedimento nenhum. O Barranco não está licenciado, está hospitalizado e sedado. Não pode votar, mas pode ser votado", argumentou Ludio.
O petista lembrou que foi o único voto contrário à eleição da atual Mesa Diretora, que tinha Eduardo Botelho (DEM) como presidente. Ele justificou seu voto dizendo que só foi contrário àquela composição por acreditar na alternância de poder e por defender uma Assembleia mais independente do Executivo.
Lúdio revelou ainda que chegou a pedir para que seu partido não tivesse membros na Mesa Diretora, mas foi vencido na escolha interna e acatou a indicação de Barranco na chapa de Botelho.
Agora, ele afirma que irá votar contra a chapa encabeçada por Max Russi se Barranco for retirado da Mesa Diretora.