Presidente do PSB em Mato Grosso, o deputado estadual Max Russi avalia que o resultado das eleições de 2024 mexeu com o ‘tabuleiro’ que era armado para as eleições de 2026, quando estarão em disputa duas vagas para o Senado Federal e o Governo de Mato Grosso. Em conversa com jornalistas nesta quarta-feira, 9 de outubro, Russi comentou, sem citar nomes, que algumas lideranças políticas que tinham projetos de disputar as majoritárias saíram enfraquecidas do pleito.
“Eu acho que muda vários projetos aí. Não conversei com ninguém aí, mas teve alguns atores políticos, não quero falar nomes, que saíram enfraquecidos, que queriam disputar Governo ou Senado. Eu, particularmente, se tivesse nessa posição, eu repensaria. Agora, cada eleição é uma eleição, cada disputa é uma disputa... dois anos ainda tá longe”, comentou Max, ao avaliar o resultado do pleito.
A eleição municipal é considerada um dos principais preparativos para as eleições gerais, já que o apoio de prefeitos e vereadores é fundamental para a eleição de deputados, senadores e até governador. Com muitas cidades para visitar e pouco tempo de campanha, são as lideranças políticas locais que pedem votos e articulam os grupos para aqueles que buscam se eleger aos cargos majoritários.
Russi destacou essa dinâmica, comentando a importância de ter apoio político em Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e outros grandes colégios eleitorais do estado.
“Com certeza, você ter apoio na capital do estado, em Várzea Grande, em Rondonópolis, em Cáceres, Sinop, cidades-polo, é muito importante para qualquer projeto majoritário, tanto para Governo quanto para o Senado”, pontuou.
Entre as lideranças políticas que saíram derrotadas na eleição municipal está a família Campos, que apostava forte na reeleição do prefeito Kalil Baracat (MDB) em Várzea Grande, mas amargou uma derrota para a estreante Flávia Moretti (PL), eleita com 50,31% dos votos. O senador Jayme Campos (União) já expressou várias vezes que quer disputar o Governo do Estado em 2026, em vez de buscar a reeleição ao Senado.
Outro sinal de alerta foi dado em Cuiabá, onde o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), era apontado como favorito pelas pesquisas de intenção de votos, mas não conseguiu avançar para o segundo turno. Botelho contava com o apoio dos Campos e de ampla maioria dos deputados estaduais, além do governador Mauro Mendes (União).
Russi, por outro lado, se projetou como uma potência política para 2026. Seu partido conquistou o maior número de votos para o Legislativo de Cuiabá, ele elegeu a esposa e o irmão prefeitos, em Jaciara e Juscimeira, respectivamente, totalizando 15 prefeituras sob a gestão do PSB.