O ex-presidente e agora 1º secretário da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), aproveitou seu último discurso como comandante da Assembleia Legislativa (ALMT) para disparar alfinetadas. Os alvos de suas provocações foram os deputados Janaína Riva (MDB), com sua obstinação em ser presidente da Casa, e Lúdio Cabral (PT), sobre seu comportamento perante seu correligionário Valdir Barranco (PT), que estava segundo vice-presidentel.
“Janaína estava com o sonho de assumir a Presidência, correu atrás, mas quem sabe talvez daqui a alguns dias. Eu disse pra ela que é no tempo de Deus, não adianta acelerar o processo e aí, humildemente ela desceu para a 2ª Secretaria”, disse o deputado.
A emedebista tentou uma articulação para criar uma nova chapa, chegando a formar algumas alianças, mas o projeto não decolou. Seu nome não faria parte da chapa de Russi, mas as coisas mudaram durante uma reunião com vários deputados. Ela acabou aceitando ocupar o cargo de 2ª secretária.
O deputado também explicou que até o último instante foi tentado acrescentar o nome de Valdir Barranco na chapa de Russi, mas não foi possível por causa do Regimento Interno da Casa. O documento exige a assinatura presencial na ata dos membros e, como o deputado está internado em São Paulo por complicações da covid-19, não foi possível colher sua assinatura.
Temendo que a chapa fosse cassada por conta da não presença de Barranco, os deputados resolveram homenageá-lo dando seu nome a ela. Botelho fez questão de enaltecer a lealdade do deputado, mas criticou um suposto abandono dos próprios colegas de partido.
“Tentei de todas as formas, e fizemos consulta jurídica e que poderia prejudicar a eleição, mas manteríamos ele com o maior prazer que sempre foi leal à Mesa Diretora, mesmo sendo abandonado por colegas do próprio partido. Ele vai entender essa situação quando sair do hospital”, completou.
Ludio, antes da eleição, falou que chegou a pedir para o PT não compor a Mesa Diretora, e que iria votar contra a chapa de Max Russi.