Após registro de aglomerações no último final de semana em Cuiabá, o prefeito reeleito Emanuel Pinheiro (MDB) lamentou as cenas e disse que caso a população não se conscientize e continue desrespeitando as medidas de biossegurança, a capital viverá uma “tragédia anunciada”.
Em conversa com a imprensa nesta terça-feira (22), Pinheiro garantiu que não pretende implementar nenhuma medida de isolamento mais rígida, como toque de recolher ou lockdown (confinamento parcial ou total). Para ele, as pessoas precisam compreender que a pandemia do coronavírus ainda não acabou e que é preciso ter cuidado com a própria vida.
“Se as pessoas não se conscientizarem, não tiverem amor pela sua própria vida, pela vida do seu familiar e do seu semelhante, caso continue com esse comportamento que está aí, Cuiabá vai ser uma tragédia anunciada”, disse.
Apesar de negar a possibilidade de um novo lockdown em Cuiabá, Emanuel disse que a prefeitura irá adotar as providências necessárias em situações de exagero e que coloquem em risco à saúde pública.
“O que eu vou cobrar são as regras que são estabelecidas para se conviver com vida. Agora, toque de recolher e lockdown, já passou o momento. O momento agora é de conscientização e responsabilidade. Estamos no mesmo barco”, disse.
O prefeito comentou que pretende investir em uma comunicação mais objetiva nesse momento, diante de uma possível segunda onda da doença de contágios. Ele avalia que as pessoas já têm conhecimento da doença e de suas consequências, e agora precisam ser chamadas a cumprir com suas responsabilidades.
“Eu não vou proibir mais, eu não vou ficar canetando comportamento pra marmanjo, pra adulto não. Ele tem que saber, chega! [...] Eu vou aplicar a lei. Aqui [Cuiabá] tem prefeito, aqui tem regra, aqui tem norma. Eu vou aplicar a regra, doa a quem doer. Não adianta mais vir atrás de mim por amizade, com vereador, com deputado, com seja lá quem for, eu não vou mais atender. Cuiabá tem regra e cada um sabe qual é”, frisou.
CASOS NA CAPITAL - Segundo o Painel Covid-19, divulgado pela prefeitura na última segunda-feira (21), foram confirmados 38.937 casos confirmados de pacientes residentes na Capital, sendo que 1.150 pessoas morreram em decorrência da doença.
