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Política Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2021, 17:48 - A | A

Segunda-feira, 15 de Fevereiro de 2021, 17h:48 - A | A

DISPUTA PELO PALÁCIO

Emanuel quer construir "novo projeto" para eleições 2022

Priscilla Silva

A disputa pelo comando do Palácio Paiaguás já começou. Na manhã desta segunda-feira (15), o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), manifestou disposição para concorrer ao cargo de governador de Estado nas eleições gerais de 2022. A declaração da ‘intenção’ de ser candidato foi acompanhada por duras críticas à atual gestão estadual, que, em suas palavras “é um governo perdido”.

“Se for um plano de Deus na minha vida, ser candidato ao governo do Estado, [...]nós vamos e devemos defender essa bandeira. Acho que tem que ter uma proposta alternativa a esse governo frustrante que Mato Grosso tem hoje. Agora, se vai ser Emanuel ou outro nome vamos conversar com a população, setor produtivo e criar um novo plano”, afirmou o prefeito da Capital, Emanuel Pinheiro durante entrevista à rádio Nazareno.

Durante a entrevista, o gestor municipal fez duras críticas ao governador do Estado, Mauro Mendes (DEM), após afirmar que o relacionamento institucional entre a prefeitura e governo do Estado ir bem, porém, não existir relação entre os dois gestores, por razão de uma birra do governador do Estado.

“Não estou preocupado em ser amigo do governador. [...] até agora ele não fez nada por Cuiabá. Um governo que ainda não disse ao que veio, um governo perdido, tem dois anos de mandato em que só vê embates, perseguições sem fim contra servidores”, afirma Emanuel.

A perseguição citada pelo gestor municipal é uma referência à manutenção do veto do Estado ao projeto que isentaria aposentados e pensionistas da cobrança da alíquota de 14% sobre os vencimentos, que recebem até o teto do INSS.
“É uma violência contra os servidores inativos. Veja o absurdo dessa votação [ em que ocorreu a manutenção do veto ao Projeto de Lei Complementar nº 36/2020]”, aponta o prefeito.

PLC-36

O projeto  o qual o prefeito cita, é de autoria de Lúdio Cabral que isentava a cobrança de previdência em 14% dos servidores aposentados e pensionistas que recebem até o teto do INSS, hoje em R$ 6,4 mil. O PLC se deu após Estado ser obrigado a fazer uma reforma previdenciária proposta pelo governo federal, e caso alguma unidade federativa não enviasse a reforma, entraria em déficit com a União.

Lúdio e outros parlamentares foram contra a cobrança dos inativos que estão aposentados e que esse valor vai prejudicar 35 mil famílias que hoje ganham até R$ 6,4 mil e não tem descontos da folha salarial e passarão a "sofrer", com a porcentagem a menos em seus salários.

O projeto polêmico que teve diversos embate na ALMT antes de ser aprovado acabou sendo vetado pelo governador Mauro Mendes que alegou que era inconstitucional e que se os deputados derrubassem o seu veto, iria até o Supremo Tribunal Federal (STF) para recorrer da decisão dos parlamentares.

Emanuel sempre foi contrário a taxaça dos aposentados e chegou a pedir que os deputados estaduais do MDB votassem contra o veto Mauro Mendes, mas no final, o governador acabou levando a melhor e os deputados mantiveram o veto por 12 votos favoráveis, contra 11 contra. 

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