O deputado estadual Júlio Campos (União) disse que não há outra saída para o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE-VG) a não ser sua privatização. Nos últimos dias, a prefeita Flávia Moretti (PL) disse que estava buscando novas empresas para assumir a gestão do departamento, que é alvo de tantas reclamações. Ele conversou com a imprensa nesta quarta-feira, 5, e disse que já recomendou a medida desde o início.
“Eu não vejo outra solução. Aliás, eu já defendi isso desde o tempo da prefeita Lucimar [Campos], insisti com o prefeito Kalil Baracat [MDB], que estava na hora de Várzea Grande acompanhar o mesmo ritmo que o Cuiabá”, afirmou, relembrando que a capital mato-grossense também sofria com os serviços de água e esgoto e teve melhoria após a privatização.
Para o deputado, o problema da cidade está diretamente ligado à distribuição, uma vez que a cidade não sofre de escassez de água. Júlio defende a substituição de todo o encanamento da cidade.
“Os canos da cidade, o encanamento é muito antigo. A Avenida Couto Magalhães, ali o Centro, o encanamento foi feito no tempo que meu pai era prefeito, em 1957 quando o governador de Mato Grosso era João Ponce de Arruda e o presidente era Juscelino Kubitschek. Isso aí tem que ser trocado, tem que ser modernizado”, disse.
Além do problema da distribuição de água, o deputado também citou que o crescimento populacional repentino piorou a situação do município. Isto porque nos últimos 10 anos, Várzea Grande recebeu cerca de 30 mil casas do Minha Casa Minha Vida.
“Hoje o Várzea grande começa aqui da Ponte de Júlio Muller e vai parar quase dentro de Nossa Senhora do Livramento... o lixão de Várzea Grande já está no município de Livramento, de tanto que espichou a cidade, cresceu de todos os lados. Sabe quantas mil casas de Ser Família, Minha Casa Minha Vida, MRV, casas e apartamentos construíram em 10 anos? 30 mil, cada casa, 3, 4 pessoas. Aumentou de 80 a 100 mil pessoas, a população. Então não há prefeito, não há departamento de água, esgoto municipal com arrecadação de uma taxinha de R$ 23,00 que vai acompanhar isso”, explicou.